27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1091-1


Poster (Painel)
1091-1Biopilhas de bancada na biorremediação de solo argiloso contaminado com óleo lubrificante usado
Autores:Viotti, M.A.P. (UNIFOA - Centro Universitário de Volta Redonda) ; Amaral, W.D.M. (UNIFOA - Centro Universitário de Volta Redonda) ; Costa, T.F. (UNIFOA - Centro Universitário de Volta Redonda) ; Rodrigues, D.C.G.A. (UERJ - Universidade do Estado do Rio de JaneiroUNIFOA - Centro Universitário de Volta Redonda)

Resumo

A biorremediação de solos contaminados no Brasil tem despertado o interesse de diversos grupos de pesquisa. Cabe ressaltar, que a biorremediação, como toda tecnologia de remediação, apresenta algumas limitações quanto a sua aplicabilidade. O objetivo desse trabalho é verificar a aplicabilidade dessa técnica a um solo argiloso, artificialmente contaminado por óleo lubrificante usado. Para isso, forma montadas biopilhas de bancada, contendo 500g de massa total no microcosmo e contaminação de 3% p/p. Os tratamentos empregados foram atenuação natural monitorada C; bioestímulo BE (com nutrientes); bioestímulo com bioaumento BEA (com nutrientes e inóculo); Bioestimulo com bioaumento e estruturante E (com nutrientes, inóculo e casca de coco verde). Os nutrientes foram adicionados na forma de solução de sais minerais e o inóculo usado foi 10% p/p de solo de manguezal. As biopilhas foram monitoradas semanalmente quanto à umidade, mantida em 50% da capacidade de campo, e aeradas por revolvimento mecânico, durante 63 dias. Os micro-organismos heterotróficos totais foram quantificados pela técnica pour plate e os hidrocarbonetos totais de petróleo HTP foram extraídos em Soxhlet (USEPA 3540C) e analisados por cromatografia GC-MSD (USEPA 8015). Os resultados obtidos demonstram que em todos os sistemas estudados houve aumento dos micro-organismos heterotróficos totais e a redução dos HTP, sendo a degradação obtida de 92,3% (C), 96,2% (BE), 95,4% (BEA) e 96,1% (E). Como pode ser observado, não houve diferença significativa entre os tratamentos estudados, havendo diferença pequena apenas quando comparados ao controle. Ao contrário do observado por outros autores, o uso do estruturante não favoreceu a biorremediação, quando comparado aos demais tratamentos. Conclui-se que a biorremediação é uma técnica promissora para solos contaminados com óleo lubrificante usado sendo o BE o que apresentou melhores resultados. Recomenda-se novos estudos para otimizar as condições de tratamento.