27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1085-1


Poster (Painel)
1085-1Caracterização genotípica e perfil de susceptibilidade de isolados clínicos de Exophiala spp. armazenados no Banco de Fungos Filamentosos do Laboratório Especial de Micologia (LEMI) da UNIFESP
Autores:Colalto, W (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Gonçalves, S.S. (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Santos, D.W.L. (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Colombo, A.L. (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Melo, A.S.A. (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo)

Resumo

Introdução: Leveduras negras do gênero Exohiapla respondem por número substancial de infecções superficiais e invasivas causadas por fungos demáceos. A identificação acurada de espécies de Exophiala baseia-se em critérios morfológicos complementados por tipagem molecular. Neste estudo avaliamos características macromorfológicas, termotolerância, sequenciamento da região ITS do rDNA e susceptibilidade a 6 antifúngicos de 22 isolados clínicos de Exophiala spp. armazenados no Banco de Fungos Filamentosos do LEMI. Métodos: Para a identificação genotípica utilizou-se comparações em bancos genômicos de sequências da região ITS do rDNA. Para a análise da macromorfologia e termotolerância, cada isolado foi semeado e incubado em 3 meios de cultura: PDA, SGA e MEA, e 3 temperaturas, 25ºC, 35ºC e 42ºC, por 14 dias. Os testes de susceptibilidade aos antifúngicos, AMB, ITR, VOR, POS, CAS e TRB, foram realizados por microdiluição em caldo (documento CLSI M38-A2). Resultados: A tipagem molecular teve sucesso na identificação de 100% das amostras que foram assim reconhecidas: E. dermatitidis (8), E. xenobiotica (5), E. bergeri (3), E. oligosperma (2), E. spinifera (2), E. mesophila (1) e E. jeanselmei (1). A macromorfologia mostrou que as espécies de Exophiala são pleomórficas com relação ao aspecto e cor das colônias, mesmo considerando isolados da mesma espécie. Na análise de termotolerância, todas as espécies cresceram a 25 e 35ºC com exceção de E. mesophila, que cresceu somente a 25oC. A 42ºC apenas as espécies E. oligosperma, E. jeanselmei, E. bergeri, E. xenobiotica e E. dermatitidis cresceram com colônias de tamanho reduzido. Em relação à susceptibilidade, os MICs mais baixos foram verificados para os azólicos, enquanto que os maiores foram observados para TRB e CAS. Conclusões: (i) o sequenciamento da região ITS permitiu a correta identificação da espécie; (ii) o pleomorfismo das colônias de Exophiala spp. observado nos testes de macromorfologia e termotolerância, mostrou que estes testes não são de grande utilidade na identificação de espécies; (iii) os azólicos foram os antifúngicos mais eficazes.