27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1038-1


Poster (Painel)
1038-1PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO GENITAL POR CHLAMYDIA TRACHOMATIS EM MULHERES ATENDIDAS PELO PROGRAMA DE RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO
Autores:Oliveira, R.C.S (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Silva, D.G (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Moizéis, N.C.M (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Aquino A.A (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Mendonça, A.K.N (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Leite, F.A.O (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Fernandes, J.V (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

Resumo

A Chlamydia trachomatis (CT) é uma bactéria intracelular obrigatória que se constitui uma das causas mais comuns de infecção sexualmente transmissível entre as populações humanas de todo mundo, especialmente nas mulheres jovens, com aumento das taxas de prevalência na razão inversa a idade. A infecção genital por CT, na maioria dos casos, é inicialmente assintomática, mas torna-se crônica e está associada com cervicite mucopurulenta e endometrite. Em alguns casos, a bactéria ascende ao trato genital superior resultando em salpingite e doença inflamatória pélvica que pode levar a infertilidade, gravidez ectópica e dor crônica. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência da infecção genital por CT, em adolescentes, correlacionar com o resultado do exame citológico de Papanicolaou e identificar fatores de risco. Foram incluídas neste estudo, 132 adolescentes, sendo 108 não grávidas e 24 grávidas, arroladas entre aquelas que foram atendidas na Maternidade Escola Januário Cicco em Natal/RN, no período de 2010 a 2012. As pacientes que concordaram em participar do estudo responderam a um questionário padronizado e em seguida foram coletados dois espécimes da cérvice uterina, um para o exame citológico e o outro para análise por PCR para amplificar uma sequência do plasmídio criptico presente na bactéria. A análise estatística foi realizada por regressão logística univariada com cálculo das razões de chance e respectivos intervalos de confiança, considerando significativo valor de p ≤ 0,05. A idade das participantes variou de 14 a 19 anos, média de 16,3 anos, a maioria de etnia não branca, casada, com baixa renda e baixa escolaridade, iniciou a atividade sexual com menos de 18 anos e teve mais que um parceiro sexual. A prevalência global da CT foi de 19,7%, sendo 21,3% nas não grávidas e 12,5% nas grávidas, não havendo diferença significativa entre os dois grupos. A infecção foi detectada em 19,1% das adolescentes com citologia normal e 22,7 % daquelas com alterações citológicas, não sendo observada diferença significativa. Analisando-se a relação entre infecção por CT e varáveis sócio-demográficas, atividade sexual e reprodutiva, constatou associação apenas com escolaridade. As adolescentes deste estudo apresentaram uma alta prevalência da infecção genital por CT, apresentando-se associada com escolaridade, onde as adolescentes com nível de escolaridade mais baixo, apresentaram maior taxa de prevalência, não foi observada associação com estado de gravidez, nem com alterações citológicas da cérvice uterina.