27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1020-1


Poster (Painel)
1020-1Análise Qualitativa e Quantitativa de Proteínas Totais em Escherichia coli Cultivada Sob Diferentes Concentrações de MgSO4 Correlacionando Com o IPTG (Isopropil β-D Galactosídio)
Autores:SANTOS, Y. Q. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; VERAS, B. O. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; CHAVES, E. J. F (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; SANTOS, C. F. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba)

Resumo

A indução da expressão proteica em microrganismos por muitas vezes se torna uma problemática, e um sistema dispendioso, por conta dos compostos indutores utilizados, dentre os quais, encontra-se o Isopropil β-D Galactosídio (IPTG), empregado em vários sistemas de alta expressão. Apesar de sua alta eficácia como indutor, um dos grandes inconvenientes de sua utilização deve-se ao fato de ser lesivo para a uma vasta gama de tipos celulares, limitando o seu emprego em sistemas de expressão proteica em larga escala; Motivado por esta problemática, o presente estudo visou correlacionar a expressão de proteínas em E. coli em várias concentrações de Sulfato de Magnésio com IPTG, almejando verificar um possível substituinte a este sistema de expressão. Para a realização dos experimentos, foram preparadas culturas em meio Luria-Bertani (LB) com cepa de E. coli W110, de onde colônias foram transferidas para tubos individuais de caldo LB com concentrações de 0.05 M, 0.16 M, 0.25 M ou 0.5 M de MgSO4 com e sem o IPTG, mantidos sob incubação e agitação durante 8 horas à 37 °C. Para a extração, qualificação e quantificação de proteínas totais as células sofreram o processo de lise por sonicação com posterior centrifugação a 10 000 RPMs a 4°C e coleta do conteúdo proteico do sobrenadante. Os resultados obtidos com as culturas de E. coli submetidas as concentrações de 0.05, 0.16 e 0.25 M de MgSO4 demostraram um maior crescimento e expressão de proteínas totais, em comparação com a concentração de 0.5 M e ao controle negativo, como também às diversas concentrações do IPTG; os dados foram observados por SDS-PAGE 12,5%, e por quantificação proteica pelo método de Bradford. Na concentração de 0.16 molar de MgSO4 a cultura mostrou uma maior concentração proteica em relação às diversas concentrações de IPTG e de Sulfato de Magnésio. Tais resultados indicam uma melhor relação custo-benefício no emprego do sulfato de magnésio para indução da expressão proteica em comparação com Isopropil β-D Galactosídio nas concentrações 0.05, 0.16 e 0.25 M em cepas de E. coli W110, sugerindo, assim, a adição do íon Mg+2 como um indutor alternativo nessas condições, por apresentar baixo custo, baixa toxicidade celular nas concentrações testadas, e excelente resposta na expressão proteica.