27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1017-2


Poster (Painel)
1017-2OTIMIZAÇÃO DA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA UTILIZANDO MOSTO ESTÉRIL
Autores:Souza, T. C. F. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Pinto Neto, R. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Sica, P. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Beltrame, H. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Tikami, I. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Paula, A. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Nishimura, R. D. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Marabesi, A. O. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Chinaglia, A. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Souza, R. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Cordeiro, F. F. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Piedade, S. S. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Baptista, A. S. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Aguiar, C. L. (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Piccoli, R. A. M. (IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas)

Resumo

O Brasil é maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, na safra 2012/13, moeu cerca de 585 milhões de toneladas de cana, produziu em torno de 35,64 milhões de toneladas de açúcar e de 23,3 bilhões de litros de etanol. A produção brasileira de etanol é realizada a partir de mosto de cana-de-açúcar não estéril, o qual se constitui em ótimo substrato para o crescimento de muitos micro-organismos contaminantes, os quais por sua vez geram uma série de custos para a unidade industrial, com o uso antibióticos, antiespumantes, dispersantes, ácidos, entre outros. Além de diminuírem a produtividade e o rendimento fermentativo. Neste sentido, a utilização de mosto estéril para a fermentação mostra-se como uma solução para este problema. Por esse motivo, este projeto teve por objetivos investigar a cinética da fermentação, a produtividade e o rendimento em fermentação de mosto estéril conduzida sob condições otimizadas. Para tal, em delineamento estatístico em blocos casualizados foram realizados ensaios utilizando mostos com 16 oBrix, com 2% de inóculo, sob 34oC e em condições estéreis/não estéreis. Além disso, foram realizados 4 reciclos consecutivos. Os parâmetros analisados foram: Brix, açúcares redutores totais (ART), viabilidade celular, massa de biomassa, teor alcoólico, rendimento fermentativo e produtividade. Para a contagem total de micro-organismos foi feita inoculação das amostras de mosto, tratadas ou não, em meio de cultivo YEPD para contagem total, e YEPD com ciclohexamida (10 mg L-1) para contagem bacteriana. A CB foi de 0 UFC mL-1 no mosto estéril e de 107 UFC mL-1 no mosto não estéril. A formação de biomassa foi de 7,5 g/L/h e 6,5 g/L/h, no mosto estéril e no mosto não estéril, respectivamente. No mosto estéril a produtividade de etanol foi de 5,6 g/L/h, o consumo de açúcar 12 g/L/h e o rendimento da fermentação foi de 92,62 %. Já no mosto não estéril a produção de etanol foi de 5,3 g/L/h, o consumo de açúcar 11,3 g/L/h e o rendimento da fermentação foi de 87,45 %. O processo de esterilização do mosto através do uso de vapor saturado,é eficiente na eliminação da carga microbiana do mosto. O mosto tratado com vapor saturado se destaca por apresentar maior velocidade de consumo de substrato e formação de etanol. Além disso, também se destaca por apresentar maior produtividade e maior rendimento fermentativo do que no mosto não estéril.