Resumo

O contínuo aumento de custos com matérias-primas enfraquece a competitividade comercial de produtos microbianos, sendo necessário investigar substratos mais baratos para reduzir o custo de produção. Além disso, a busca pelo desenvolvimento sustentável destaca a importância na utilização de resíduos agroindustriais para a produção de bioprodutos valiosos. O ácido hialurônico é um polissacarídeo constituído de ácido D- glicurônico e N- acetilglicosamina que apresenta um alto valor econômico e grande aplicabilidade, o que justificam os esforços em elaborar alternativas à sua produção. O presente trabalho avaliou o efeito de diferentes fontes de carbono na produção de AH por Streptococcus zooepidemicus ATCC 39920. As fermentações foram realizadas em Erlenmeyer de 125 mL com 25 mL dos diferentes meios contendo (g.L^-1): fonte de carbono (glicose; sacarose; frutose; lactose; maltose; melaço de cana; melaço de soja; caldo de cana) 30; extrato de levedura, 30; K₂HPO₄, 2,5; NaCl, 2,0 e MgSO₄, 1,5. O inóculo foi de 10% e os ensaios foram realizados a 100 rpm, 37°C e pH 8,0 por 24 horas. A partir do sobrenadante o AH foi precipitado com etanol e quantificado utilizando o reagente colorimétrico Carbazol. Os ensaios realizados em triplicata foram comparados através do teste de Tukey em nível de significância 5%. A maior produção de AH foi de 0,488 g.L^-1 no meio de fermentação contendo sacarose. Posteriormente, os ensaios que resultaram em uma melhor produção do polímero foram os que continham glicose (0,429 g.L^-1), melaço de cana (0,376 g.L^-1), maltose (0,294 g.L^-1), e caldo de cana (0,266 g.L^-1), sendo que o efeito da maltose e do caldo de cana não diferiram estatisticamente entre si para p<0,05. Os meios contendo frutose, lactose e melaço de soja não apresentaram produções consideráveis de AH e foram estatisticamente iguais.