27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:993-1


Poster (Painel)
993-1Bactérias emulsificadoras de óleo diesel isoladas a partir do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) de manguezais da Baia de Guanabara-RJ.
Autores:Silva, M.M. (UERJ-FFP - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - FFP) ; Arenázio, G.S.S. (UERJ-FFP - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - FFP) ; Carvalho, M.C.N. (UFRJ- IQ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - IQ) ; Leite, S.G.F (UFRJ- EQ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - EQ) ; Araujo, F.V. (UERJ-FFP - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - FFP)

Resumo

Manguezais são ecossistemas costeiros suscetíveis à contaminação por derramamento de óleo. Um dos processos para biorremediação desses ambientes é fazer o uso de bactérias capazes de promover a emulsificação desses contaminantes, uma vez que estes metabólitos apresentam baixa toxicidade, funcionalidade sob condições extremas de pH e temperatura e estabilidade. O objetivo do presente estudo foi buscar no caranguejo-uçá (Ucides cordatus), espécie endêmica que vive no sedimento e se alimenta da vegetação do ecossistema de manguezal, bactérias com capacidade de emulsificar óleo diesel. Para tal, vísceras de noventa caranguejos coletados nos manguezais de Itaóca, Suruí e Piedade localizados na Baía de Guanabara, RJ, foram processadas e semeadas em agar nutriente. Colônias que apresentavam diferentes características morfológicas foram isoladas, enriquecidas em meio mineral básico acrescido de 2% de sacarose e incubadas a 30ºC sob agitação de 150 rpm durante 24 e 48h, quando alíquotas de 5mL deste crescimento foram submetidas ao teste para avaliação do índice de emulsificação de óleo diesel. Das sessenta e sete colônias isoladas até o momento, quarenta e sete apresentaram capacidade de emulsificação; sendo quarenta e três em 24h e quatro em 48h. A partir de agora, será feito o teste do Colapso da Gota para investigar a produção de biossurfactantes nas estirpes já isoladas, pois estas moléculas apresentam a propriedade de remoção de óleos e metais pesados em sedimentos; além de poderem substituir produtos químicos altamente agressivos e tóxicos ao meio ambiente, podendo ser utilizadas para acelerar a recuperação de áreas contaminadas já que a recuperação natural pode levar décadas. A identificação das cepas será feita por taxonomia polifásica, utilizando metodologia convencional e molecular.