Resumo

Entre todos os reinos da natureza, os vegetais têm contribuído de forma significativa, fornecendo substâncias que auxiliam na profilaxia e tratamento de doenças que acometem os seres humanos. Apesar das plantas serem uma fonte importante de novos compostos ativos, apenas uma pequena porcentagem delas tem sido investigada. A descoberta de produtos naturais bioativos é de grande relevância não apenas pela necessidade de caracterização das propriedades farmacológicas das moléculas em questão, mas também pelo conhecimento de novas substâncias que possam servir de protótipos para originar análogos estruturais com propriedades farmacológicas mais promissoras. O gênero [i]Copaifera[/i] popularmente conhecida como copaibeiras, pau d’óleo e copaíbas, são encontradas facilmente nas Regiões Amazônica e Centro-Oeste do Brasil. Várias indicações etnofarmacológicas têm sido descritas na literatura para o tratamento das vias urinárias como cistite, sífilis e para o tratamento das vias respiratórias como asma, bronquite e pneumonia. Visando colaborar com informações que viabilizem futuros estudos para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos contra infecções causadas por micobactérias potencialmente patogênicas, o presente estudo avaliou a atividade antimicobacteriana de 3 espécies de [i]Copaifera[/i] sp. Os óleo-resinas das espécies vegetais investigadas foram de [i]Copaifera oblongifolia[/i], [i]Copaifera langsdorffii[/i] e [i]Copaifera duckei[/i]. As micobactérias ensaiadas foram [i]Mycobacterium tuberculosis[/i] H37Rv (ATCC 27294), [i]Mycobacterium avium[/i] (ATCC 25291) e [i]Mycobacterium kansasii[/i] (ATCC 12478). Para a avaliação da atividade antimicobacteriana foi realizado a técnica de diluição em caldo para a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) pelo método “Resazurin Microtiter Assay Plate” (REMA). Os resultados promissores foram obtidos com o óleo- resina de [i]C. oblongifolia[/i] e [i]C. langsdorffii[/i] frente [i]M.tuberculosis[/i] com CIM de 250 μg/mL e também com óleo-resina de [i]C. duckei[/i] com CIM de 125 μg/mL. Para [i]M. avium[/i] o melhor resultado obtido foi para o óleo- resina de [i]C. duckei[/i] com uma CIM de 250 μg/mL, e para [i]M. kansasii[/i] os óleo- resinas de [i]C. langsdorfii[/i] e [i]C. duckei[/i] inibiram o crescimento desta com CIM de 250 μg/mL. Portanto conclui-se, que os óleo-resinas avaliados podem ser fontes potencialmente promissoras para o desenvolvimento de futuros estudos de novas drogas antimicobacterianas.