27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:967-1


Poster (Painel)
967-1Formação de biofilme por amostras de Escherichia coli isoladas de água para consumo humano, na região Norte do Estado do Paraná, durante ano de 2011
Autores:Moraes, L.S. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Waldrich, T.L. (UNIFIL - Centro Universitário FiladélfiaUEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Fonteque, M.C. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Pelayo, J.S. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Rocha, S.P.D. (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

A água é um importante meio de transmissão de enfermidades diarréicas ao ser humano, tornando-se primordial a avaliação da qualidade microbiológica da água de consumo. As doenças veiculadas pela água são tipicamente causadas por patógenos entéricos, sendo Escherichia coli de grande importância clínica, por se tratar de uma bactéria termotolerante de origem exclusivamente fecal. No homem as E. coli podem provocar infecções intestinais e extra-intestinais. Alguns estudos fora do Brasil mostram o isolamento de patotipos de E. coli diarreiogênica em fontes de água para consumo humano. Porém estes estudos são escassos no Brasil. Amostras de E. coli isoladas de água podem formar biofilme em superfícies abióticas como encanamentos, favorecendo a permanência desta no ambiente. Além disso, cepas do patotipo E. coli enteroagregativa podem formar biofilme em superíficies abióticas como o intestino, favorecendo a permanência da bactéria no intestino, culminando em uma diarreia persistente. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi investigar a capacidade de formação de biofilme de cepas de E. coli isoladas de água para consumo humano. No presente trabalho, foram estudas 194 amostras de E. coli isoladas de água para consumo humano, na região Norte do Paraná. Uma grande porcentagem dessas amostras de água não era tratada com cloro e nem adicionadas de flúor. A capacidade de formação de biofilme foi verificada em microplacas de poliestireno, com as amostras cultivadas por 24h em Luria-Bertani, coradas com Giemsa e quantificada através da densidade optica. Todas as 194 amostras estudadas apresentaram capacidade para a formação de biofilme, sendo que dez amostras apresentaram uma capacidade de formação de intenso biofilme, próximo ou mais intenso que a amostra padrão E. coli 042. Portanto, amostras de E. coli isoladas de água para consumo humano podem formar biofilme em superfície abiótica, constituindo-se num problema ambiental e de saúde, sendo possível fonte para infecção persistente para humanos.