27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:947-1


Poster (Painel)
947-1CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE SALSAS IN NATURA COMERCIALIZADAS NA REGIÃO NOROESTE FLUMINENSE.
Autores:Brandão Veiga, EO (IF FLUMINENSE - Instituto Federal Fluminense - Campus Bom Jesus) ; Rabelo, ER (IF FLUMINENSE - Instituto Federal Fluminense - Campus Bom Jesus) ; Ribeiro, MCB (IF FLUMINENSE - Instituto Federal Fluminense - Campus Bom Jesus) ; Chaves, CR (IF FLUMINENSE - Instituto Federal Fluminense - Campus Bom Jesus)

Resumo

Os vegetais folhosos, usualmente consumidos sem tratamento térmico, vêm sendo, cada vez mais, considerados veículos importantes na disseminação de micro-organismos com potencial patogênico. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as condições higiênico-sanitárias de salsa (Petroselinum crispum) in natura comercializadas no município de Bom Jesus do Itabapoana, RJ. As amostras (n=6) foram obtidas, entre os meses de Outubro e Novembro de 2012, nos cinco principais estabelecimentos do comércio varejista (supermercados, minimercados, horti-fruti) e na feira livre da cidade. Após a coleta, os alimentos foram transportados sob refrigeração para o laboratório de Microbiologia de Alimentos do Instituto Federal Fluminense, campus Bom Jesus, onde foram analisados. A avaliação microbiológica compreendeu a pesquisa de Salmonella; a enumeração de Coliformes à 35ºC e à 45ºC e a contagem em placas de Micro-organismos Aeróbios Mesófilos Totais de acordo com a metodologia descrita na IN nº 62/2003 (MAPA). Todas as amostras apresentaram ausência de Salmonella, conforme critérios estabelecidos pela RDC nº12/2001 (ANVISA). No entanto, em 100% delas foram observados Coliformes à 35ºC e apenas na salsa obtida no horti-fruti, Coliformes à 45ºC. As contagens de micro-organismos Aeróbios Mesófilos foram bastante elevadas, variando entre 105 e 108 UFC/g. Vale ressaltar que a amostra cuja contagem foi mais elevada havia sido adquirida na feira livre; já a de menor contagem (2,5x105UFC/g), no supermercado. Isso pode ser justificado pelo fato de os alimentos ficarem mais expostos ao ambiente, às altas temperaturas, ao hábito da população em manusear os produtos antes da compra, e à falta de boas práticas nos pequenos estabelecimentos, como minimercados e horti-frutis, e nas feiras livres. Os resultados revelam que a salsa in natura comercializada na região, embora esteja em conformidade com a legislação vigente, apresentou contagens elevadas de micro-organismos aeróbios mesófilos, indicando a baixa qualidade sanitária e um risco potencial à saúde do consumidor, uma vez que são bastante utilizadas tanto no preparo quanto na ornamentação de pratos prontos para consumo sem serem higienizadas.