27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:945-2


Poster (Painel)
945-2Análise de MRSA’s de infecções de um hospital de Ribeirão Preto-SP
Autores:Okado, J. (IFSC/USP - Instituto de Física de São Carlos - Universidade de São Paul) ; Martinez, R. (FMRP/USP - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto / USP) ; Camargo, I. L. B. C. (IFSC/USP - Instituto de Física de São Carlos - Universidade de São Paul)

Resumo

S. aureus são patógenos Gram-positivos, causadores de infecções cutâneas e nosocomiais. Linhagens resistentes à meticilina e outros β-lactâmicos (Methicillin resistant S. aureus – MRSA) são de especial importância. Essa resistência é devida ao elemento genético SCCmec contendo o gene mecA. De junho a setembro de 2009, 22 amostras de MRSA foram isoladas de sítios de infecção de pacientes em um hospital de Ribeirão Preto. A concentração inibitória mínima (CIM) de cada amostra foi determinada por Etest para: oxacilina, vancomicina, linezolida, quinupristin/dalfopristin, tigeciclina, teicoplanina e daptomicina. Os valores de CIM50 e CIM90 foram calculados e triagem para h-VISA foi feita. O DNA das amostras foi extraído para determinação do elemento SCCmec por Multiplex PCR e investigação da presença do gene da Panton Valentine Leucocidina (PVL). A similaridade genética entre as amostras foi determinada por PFGE e um dendograma utilizando o programa Bionumerics foi traçado. Utilizando critérios determinados pelo CLSI, todas as amostras foram confirmadas como resistentes à oxacilina e sensíveis para as outras drogas testadas. Nenhuma possui resistência heterogênea a vancomicina ou fenótipo de VISA. Algumas amostras apresentaram CIM limítrofe entre sensível e resistente para as drogas utilizadas. SCCmec II está presente em 50% das amostras estudadas sendo o restante divido em SCCmec III (18%), SCCmec IV (14%) e SCCmec I (5%). O elemento SCCmec não pode ser identificado em 13% das amostras por este método. Nenhuma foi positiva para o gene da PVL. A análise por PFGE mostrou a presença de 13 pulsotipos diferentes, permitindo concluir que não havia uma linhagem disseminando no hospital. Pelos resultados obtidos até agora, concluímos que as linhagens de MRSA são sensíveis a todas as drogas recentemente disponíveis no país. Foi observada a prevalência de SCCmec II, de acordo com o que vem sendo mostrado na literatura: substituição do SCCmec III pelo SCCmec II. Ainda será realizada tipagem molecular por MLST pelo nosso grupo para definição da linhagem relacionada.