27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:933-1


Poster (Painel)
933-1Leveduras isoladas de solos do Parque Nacional do Viruá-RR e produtoras de pectinase e xilanase
Autores:ALENCAR, A.S. (UFRR - Universidade Federal de Roraima) ; VIEIRA DA SILVA, J. (UFRR - Universidade Federal de Roraima) ; VITAL, M. J. S (UFRR - Universidade Federal de Roraima)

Resumo

O solo é uma grande fonte de micro-organismos e onde espécies de leveduras com potencial biotecnológico, em especial as produtoras de enzimas, podem ser descobertas. As enzimas pectinases são muito utilizadas nas indústrias de bebidas alcoólicas e de alimentos. A utilização industrial da xilanase destaca-se no branqueamento da polpa de papel. Esta pesquisa teve como objetivo isolar leveduras de solos do Parque Nacional do Viruá-RR e testá-las quanto à produção semiquantitativa das enzimas pectinase e xilanase. As amostras compostas de solo foram coletadas em cinco pontos da grade do PPBio com geoambientes diferentes. Para o isolamento das leveduras as amostras foram diluídas e plaqueadas em meio ágar YM e Sabouraud. Para a identificação dos isolados foi realizado o perfil das leveduras através de testes bioquímicos e fisiológicos, complementados com as características morfológicas, e o sequenciamento da região D1/D2 do gene 26S do DNA ribossômico. Nos testes de produção de pectinase, as leveduras foram testadas sob pH 5,0 e pH 7,0 utilizando a pectina como substrato da reação e leitura através da visualização da presença de halo de degradação quando revelado com hexadecyltrimetilâmonio brometo (1,0%). Na avaliação da produção de xilanase foi utilizada a xilana como substrato da reação e leitura pela visualização direta de halo de degradação do substrato. A determinação do índice enzimático foi realizada pela relação entre o diâmetro do halo e o diâmetro da colônia. Os dados foram submetidos à ANOVA e teste de Tukey (p<0,05). Foram quantificadas cerca de 6,481x106 UFC/mL, agrupadas em 11 morfotipos. A atividade de pectinase em pH 5,0 não foi observada. Em pH 7,0, apenas três morfotipos (27%) identificados como Cryptococcus podzolicus apresentaram halo de degradação de pectina VR520 (2,18b i.e.), VR535 (2,44a i.e.) e VR558 (2,00c i.e.). Os mesmo isolados de Cry. podzolicus apresentaram produção semiquantitativa de xilanase: VR535 (2,44b i.e.), VR558 (2,37c i.e.) e VR520 (2,5a i.e.). Os índices enzimáticos foram o dobro do valor padrão (1,0 i.e.), sendo considerados como fortes produtores tanto de pectinase como de xilanase. Estas constatações corroboram a importância das leveduras como produtoras de enzimas e das áreas protegidas como fonte de espécies com especial interesse para a Biotecnologia, destacando o potencial multienzimático dos isolados testados nesta pesquisa.