27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:932-2


Poster (Painel)
932-2PESQUISA DE BETA LACTAMASES DE ESPECTRO ESTENDIDO (ESBL) EM CEPAS DE Escherichia coli ISOLADAS DE PACIENTES COM INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO
Autores:ROSSI, E.M. (UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina) ; GUZELA, R. R. (UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina) ; POSSER, A. D. (UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina) ; ORO, D. (UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina)

Resumo

Escherichia coli é um dos principais agentes etiológicos relatados em Infecções do Trato Urinário (ITU) e a produção de β-lactamases de espectro estendido (ESBL) tem emergido mundialmente, principalmente em Enterobacteriaceae. O uso indiscriminado de antimicrobianos de amplo espectro produz pressão seletiva que estimula produção de β-lactamases de espectro estendido (ESBL) o que dificulta a terapia de infecções causadas por estes microrganismos. A resistência aos antibióticos pode ser mediada através da produção de enzimas β-lactamases por mudanças na permeabilidade da membrana externa de Gram negativos (menor capacidade da droga de penetrar no local alvo), alterações nas Penicillin Binding Proteins (PBPs) e mecanismos que inibem as PBPs normais, tornando-se a mais importante forma clínica de resistência. Desse modo, o objetivo dessa pesquisa determinar a ocorrência de ESBL em cepas de Escherichia coli isoladas de amostras de uroculturas. Foram avaliadas 31 cepas de Escherichia coli, provenientes de uroculturas positivas que estavam previamente identificadas, obtidas de dois laboratórios de análises clínicas da região oeste de Santa Catarina. Os testes de suscetibilidade a antimicrobianos (TSA) foram realizados pelo método de difusão em disco (Kirby-Bauer) e a produção de ESBL pelo teste de aproximação de discos conforme a metodologia descrita no Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, 2011). Para as cepas estudadas, foi avaliado o perfil de suscetibilidade para os seguintes antimicrobianos: amicacina (30μg), ampicilina (10 μg), aztreonam (30μg), ceftazidima (30μg), cefalotina (30 μg), ceftriaxona (30μg), cefoxitina (30 μg), ciprofloxacin (5 μg), gentamicina (10 μg), sulfazotrim (25 μg), cefepime (30μg )e cloranfenicol (30μg ). Das 31 amostras analisadas, 9,3% (n=3) produziram ESBL. Em relação aos antimicrobianos testados, as cepas de E. coli foram mais sensíveis para cefepime (100%), amicacina (96,77%) e gentamicina (96,77%) e mais resistente a ampicilina (58,06%), cefalotina (58,06%) e sulfazotrin (45,16%). Desse modo, permite concluir que cepas de E. coli podem causadoras de infecções urinárias podem produzir β-lactamases. Além disso conclui-se que é necessário a correta e minuciosa identificação dos microrganismos, determinação dos perfis de suscetibilidade e detecção de mecanismos de resistência, uma vez que estes dados permitirão a tomada de medidas tanto para reduzir a disseminação das bactérias, como na elaboração de protocolos de tratamento, selecionando antimicrobianos de maior eficácia para o paciente e menor impacto na pressão seletiva sobre os microrganismos.