27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:931-2


Poster (Painel)
931-2ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS PARA ESTUDOS DE BALNEABILIDADE DE PISCINAS PRIVADAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. CONTROLES DE CONTAMINAÇÃO E INFECÇÃO EM BANHISTAS.
Autores:MOREIRA, B. N. (UEZO - Centro Universitário Estadual da Zona OesteOCEANUS - Centro de Biologia Experimental Oceanus Ltda) ; Guimarães, R. L. (OCEANUS - Centro de Biologia Experimental Oceanus LtdaUNIRIO - HUGG - UNIRIO - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFRÉE E GUINLE)

Resumo

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: Diversos fatores contribuem para o surgimento de doenças adquiridas nas piscinas, dentre elas mencionamos: Presença de poluentes na água, de bactérias inerentes aos próprios banhistas, piso contaminado com microrganismos, objetos de uso dos banhistas, há evidências que o maior problema consiste na contaminação da água por bactérias provenientes da mucosa nasal, bucal, região anal, da pele e da urina eliminada indevidamente pelos próprios banhistas. Este estudo tem como objetivo verificar balneabilidade de piscinas privadas nas diferentes zonas do município do Rio de Janeiro, verificando – se que embora recebendo um tratamento específico, possivelmente não mantém níveis de cloro suficiente e pH de acordo com o necessário, para impedir a proliferação de bactérias. Informações esta, baseadas nos controles de registros médicos de banhistas, no setor clínico de cada instituição e estabelecimento no qual participaram desta pesquisa. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram coletadas 60 amostras de água referentes a 10 piscinas de clubes e academias distintas, entre os meses de Janeiro e Junho de 2013, localizados no município do Rio de Janeiro. As piscinas escolhidas foram tratadas pelo sistema clássico: coagulação, filtração e cloração com cloro líquido. Para os exames microbiológicos foram usados frascos estéreis, contendo 0,1 mL de tiossulfato de sódio a 10% para cada 100 mL de água, para retirada de cloro. Para a pesquisa de coliformes totais e fecais utilizou-se a técnica de tubos múltiplos, que permite o cálculo de Números Mais Provável (N.M.P.) de coliformes em meio Fluorocult LMX; para o isolamento e contagem de bactérias heterotróficas (em duplicata) foi utilizada a técnica Spread-plate em meio Plate Count Ágar (PCA - Oxoid); para a pesquisa de fungos potencialmente patogênicos; foi utilizado o meio Biggy Agar - Himedia, meio de cultura espeçifico para fungos presentes em piscina em especial Candida spp; para análise de Staphylococcus aureus foi utilizado o Meio Agar Manitol - Oxoid em técnica de Spread-plate; e para análise de Enterococcus spp utilizou-se m-Enterococcus Agar - DIFCO. RESULTADOS CONCLUSIVOS: A quantidade de cloro residual e o pH das águas das piscinas de clubes e academias, estiveram com taxas discrepantes, o que representa potencial para o surgimento de problemas de alergia e proliferação de microrganismos patogênicos. 78,4% das piscinas analisadas apresentaram risco para a saúde dos banhistas. Mesmo estando dentro dos padrões legislativos de controle microbiológico das piscinas, todos os testes apresentaram positividade para os testes feitos, com exceção do teste para Candida spp., no qual apresentou-se negativo. De acordo com os testes, conclui-se que os métodos de tratamento da água não se mostram eficiente, pela técnica utilizada ou pela manutenção que é exigida e possivelmente não esta sendo correta.