27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:928-1


Poster (Painel)
928-1Detecção de carbapenemases em Enterobactérias de origem clínica e do meio ambiente em unidade critica de um hospital universitário do Rio de Janeiro
Autores:Alves, D.P. (UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) ; Barbosa, B.G.V. (UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) ; Siilva, R.V. (UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) ; Cerulho, V.R. (UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) ; Leão, R.S. (UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) ; Marques, E.A. (UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO)

Resumo

Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (ERC) têm sido relatadas mundialmente como consequência, em grande parte, da aquisição de genes que codificam carbapenemases, especialmente as enzimas KPC, OXA-48 e metalo-betalactamases. Surtos esporádicos envolvendo ERC têm sido relatados, mas a sua presença no meio ambiente hospitalar ainda não é bem conhecida. O trabalho objetivou detectar a produção de carbapenemases em enterobactérias oriundas de pacientes internados e de amostras ambientais do CTI de um hospital universitário no RJ. Foram selecionadas amostras de enterobactérias com sensibilidade reduzida ou resistência aos carbapenêmicos, obtidas de diferentes materiais clínicos de pacientes internados e amostras do meio ambiente do CTI: teclados dos respiradores, bombas infusoras, mesa de enfermagem e do ar de cada leito. A susceptibilidade a imipenem (IMP), meropenem (MER) e ertapenem foi determinada pelo método de difusão em ágar (CLSI 2012). A detecção fenotípica da produção de carbapenemases foi realizada utilizando os inibidores enzimáticos: ácido fenil-borônico (AFB), cloxacilina e EDTA, segundo nota técnica 01/2013 ANVISA. As amostras positivas tiveram seu perfil confirmado através de detecção dos genes por PCR. Dentre as 20 amostras clínicas testadas, 9 (45%) foram caracterizadas fenotipicamente como ERC: Klebsiella pneumoniae (n=6;67%) e E. cloacae (n=3;33%). Das 65 amostras ambientais coletadas, 6 (9%) foram ERC: Klebsiella pneumoniae (n=2;33%), Klebsiella oxytoca (n=1;17%) e E. cloacae (n=3;50%). A maioria (n= 4; 67%) foi isolada de pias, enquanto as demais foram isoladas do carrinho de enfermagem (n=1) e do teclado do respirador (n=1).Todas as amostras ERC foram sugestivas da produção de KPC no teste de triagem (diferença de halo de ≥5mm nos discos de IMP e/ou MER impregnados com AFB em relação aos discos não impregnados). Em todas foi detectado o gene blaKPC. A caracterização de ERC, portadoras de genes localizados em elementos genéticos móveis, presente no meio ambiente hospitalar contribui para o conhecimento das vias de aquisição desses microrganismos em unidades críticas e para o estabelecimento de medidas eficientes de controle de infecção.