27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:922-1


Poster (Painel)
922-1ESTUDO DE ENZIMAS DE MICRO-ORGANISMOS DO SOLO DE PINGUINEIRAS DA ANTÁRTICA
Autores:Pinto, F.M.L. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Coelho, B.C.S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Rosado, A.S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Peixoto, R. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Vermelho, A.B. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

A Antártica é o continente mais frio do planeta com temperaturas variando entre 0°C e -68°C durante o ano. Na Ilha Rei George, localizada na Península Antártica, encontra-se a Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz, uma das regiões mais sensíveis às variações climáticas naturais no planeta. Apesar disso ocorre formação de solo principalmente nas áreas livres de gelo, onde a atividade de pinguins torna-se responsável pela gênese desses locais, ricos em nutrientes oriundos das fezes, penas, urina, cascas de ovos, pelos e restos de animais, contribuindo para a colonização de micro-organismos com uma capacidade metabólica diferenciada e com grande valor para a biotecnologia, produzindo enzimas adaptadas ao frio com alto valor econômico. O principal objetivo deste trabalho foi estudar a atuação enzimática e o perfil metabólico dos micro-organismos isolados do solo de pinguineira da Antártica. A fim de verificar qual a temperatura ideal para o crescimento dos isolados, estes foram inoculados em meio líquido e meio sólido de extrato de levedura durante 5 dias, a 25°C sob agitação de 300rpm e a 4°C sem agitação para observação do crescimento de massa celular. Um screening enzimático, feito método de formação de halo de hidrólise, foi realizado para determinar a produção de diferentes enzimas, como peptidases (gelatinase, caseinase e queratinase), celulases e amilases, além de da atividade lipolítica pela formação de cristais no ágar, objetivando a seleção de bactérias que tenham potencial biotecnológico e que necessitem da presença de substrato indutor para produção de enzima. Os isolados também foram testados quanto a capacidade de degradar penas de frango, por métodos quantitativos, sua atividade proteolítica. A melhor temperatura para cultivo foi de 25°C, nos quais os 6 isolados estudados, 3 apresentaram hidrólise de gelatina e queratina, 2 apresentaram hidrólise de carboximetilcelulose, 1 com atividade caseinolítica e nenhum dos isolados apresenta atividade amilolítica. Screening de atividade lipolítico mostrou que 5 destes isolados degradam lipídio. Quanto ao cultivo com penas de frango, nenhum deles apresentou mais de 10% de degradação, onde o isolado que apresentou maior concentração de proteínas no meio foi de 1,37mg/ml, pelo método de Lowry, com atividade proteolítica de 380U/ml. Dessa forma pode-se notar uma grande diversidade enzimática em diferentes substratos.