27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:916-1


Poster (Painel)
916-1Avaliação da resposta do modelo murino infectado por Cryptococcus gattii frente a diferentes dosagens de fluconazol
Autores:Fontes, A.C.L. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Santos, J.R.A. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Ribeiro, M.J.A. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Costa, M.C. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Silva, D.L. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Freitas, G.J.C. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Gonçalves, L.P. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Ramos, L. H. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Resende-Stoianoff, M. A. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Santos, D.A. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)

Resumo

A criptococose causada por Cryptococcus gattii é uma micose sistêmica, endêmica de áreas tropicais e subtropicais, acometendo hospedeiros imunocompetentes. O patógeno é frequentemente encontrado em eucaliptos, atinge o organismo por inalação de propágulos fúngicos, podendo causar infecção pulmonar, e frequentemente, dissemina-se por via hematogênica acometendo principalmente o SNC, manifestando-se como meningoencefalitede evolução grave e fatal. A disponibilidade de antifúngicos para a terapia dessa doença é relativamente pequena e confere certa toxicidade. O fluconazol (FLC) tem sido a droga de escolha, pois apresenta baixa toxidez e boa penetração no SNC, porém o desenvolvimento de resistência fúngica é um importante fator para falha terapêutica. Devido à gravidade da criptococose, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta do modelo murino infectado por C. gattii, frente a diferentes dosagens de FLC. O projeto foi aprovado pela Comissão de ética no uso de animais da UFMG. A cepa L27/01 foi utilizada na concentração de 1 x 105 UFC/animal para a infecção de camundongos C57BL/6, que foram separados em 3 grupos: Grupo I não recebeu tratamento, o grupo II foi tratado com 10mg/kg de FLC, e o grupo III tratado com 75mg/kg de FLC. Pulmão e cérebro foram processados para contagem de unidades formadoras de colônia por grama de tecido (UFC/g). A contagem de UFC/ g de órgão revelou uma maior carga fúngica no pulmão que no cérebro, independente do grupo amostral. O grupo sem tratamento apresentou maior carga fúngica que os grupos tratados, tanto no cérebro (Grupo I =1 x 103 UFC/g; Grupo II = 1,7 x 102 UFC/g; Grupo III=2,7 x 102 UFC/g), quanto no pulmão (Grupo I= 7,6 x 104 UFC/g; Grupo II = 1,7 x 104 UFC/g; Grupo III = 1 x 104 UFC/g). Não houve diferença significativa nos grupos tratados entre si. Portanto, as unidades formadoras de colônias foram influenciadas pela presença do tratamento, mas não pela dosagem do fluconazol.