27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:896-2


Poster (Painel)
896-2Associação da presença de integrons classe 1 e classe 2 com a resistência à antibióticos em Salmonella ssp.
Autores: Correa, F.E.L. (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Crispim, B.A. (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Dantas, F.G.S. (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Franco, I.C. (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Grisolia, A.B. (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Oliveira, K.M.P. (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados)

Resumo

Vários mecanismos podem estar associados à causa da resistência de micro-organismos a antimicrobianos, um que vem atraindo a atenção de pesquisadores são os integrons, elementos do DNA capazes de adquirir mobilidade quando inseridos em plasmídios ou associados à transponsons. Tem como função rearranjar genes localizados em cassetes gênicos dentro de sua região variável. Sua atividade é intermediada pela enzima integrase e são divididos em 5 classes, de acordo com a similaridade desta enzima. Em integrons de classe 1, já foram identificados mais de 130 cassetes de genes de resistência e 6 no de classe 2. O presente trabalho, tem por objetivo relacionar a presença de integrons classe 1 e classe 2 à resistência antimicrobianos. Foram utilizadas neste estudo 36 Salmonella spp. isolados de diferentes fontes no município de Dourados, Mato Grosso do Sul. Sendo 12 resistentes à pelo menos um antibiótico e 22 sensíveis a dez antibióticos testados pelas metodologias da difusão em disco e de Concentração Inibitória Mínima (MIC) de acordo com a metodologia da Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI M100-S23, 2013). A presença de integrons classe 1 e classe 2 foi avaliada por meio da técnica de PCR multiplex (mPCR). O integron de classe 1, foi encontrado em 32 isolados, entre os isolados resistentes, 91,6% (n=11) apresentaram este mecanismo e entre os isolados que não apresentaram resistência, 87,5% (n=21). A classe 2 de integron foi encontrada em apenas 8,3% (n=3) dos isolados totais e nenhum apresentou perfil de resistência. Houve semelhança na prevalência de integron classe 1 nos isolados resistentes e não resistentes aos antimicrobianos. Em nosso trabalho, a simples detecção da presença ou ausência de integrons não foi suficiente para associá-lo ao perfil de resistência.