Resumo

O setor suinícola tem tido expressão significativa no mercado brasileiro e mundial. Contudo a presença de microrganismos patogênicos nesse setor tem agravado o desenvolvimento da atividade, dificultando o processo de engorda dos animais e interferido no faturamento dos produtores. O Clostridium perfringens tipo A é um dos patógenos diretamente relacionados à infecção nos suínos e o principal responsável pelos casos de enterite necrótica. O trabalho teve por objetivo identificar C. perfringens em suínos confinados utilizando-se da técnica de PCR. As amostras foram coletadas com suabes da região anorretal de 84 suínos mantidos em confinamento de localidades próximas a Ribeirão Preto - SP. Os suabes foram depositados em tubos contendo caldo BHI (Brain Heart Infusion) e enviados ao laboratório para o processamento das análises.O protocolo de extração de DNA seguiu a metodologia descrita por Marmur. A realização da PCR foi para a detecção dos genes que codificam as toxinas alfa, beta, épsilon, iota, cpe e beta 2 de C. perfringens. Essa técnica permitiu identificar Clostridium perfringens tipo A em 25% (21 amostras) dos animais. Os demais genes codificadores das toxinas não amplificaram, caracterizando assim, negativo para os tipos B, C, D e E de C. perfringens. A frequência de patógenos no rebanho é de grande relevância para a economia da suinocultura, pois os animais que estão acometidos por doenças ou infecções apresentam deficiências do sistema nutricional. Com isso há a necessidade dos produtores disponibilizarem de maiores gastos com tecnologias e suplementos, a fim de minimizarem essa deficiência. No caso das cepas de Clostridium perfringens, esse fato se agrava devido à formação de esporos resistentes que podem estar presentes na região intestinal de forma latente. As características desse agente, e sua forma esporulada dificultam sua erradicação, tornando-a praticamente impossível após a colonização da mucosa intestinal. A utilização de técnica de PCR para determinar os tipos de Clostridium perfringens mostrou-se muito eficaz, possibilitando reduzir a utilização de testes bioquímicos que além de serem laboriosos, apresentam resultados duvidosos.