27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:852-2


Poster (Painel)
852-2Indicadores epidemiológicos de infecções hospitalares em dois hospitais universitários de Minas Gerais
Autores:Braga, I.A. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Pirett, C.C.N.S. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Brito, E.J.O. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Porto, J.P. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Dias, R.P. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Leão, I.A.O. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Santos, R.O. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Pessoa, D.S. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Lima (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Faria, A.L.S. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Finzi, M.B.A. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Barata, C.C.H (HC UFTM - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triangulo Mi)

Resumo

Introdução: O reconhecimento da magnitude de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) é essencial para implementação de uma política eficaz para sua prevenção e controle. Objetivos: Avaliar os indicadores epidemiológicos e a distribuição das IRAS por clínicas e faixa etária bem como sua etiologia, nas duas instituições. Material e métodos: Os hospitais foram denominados como: Hospital A (Uberlândia) com 530 leitos e Hospital B (Uberaba) com 283 leitos. Foi realizado um inquérito de prevalência para detecção das infecções segundo os critérios estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Uberlândia (Prot.: 239-A). Resultados: As taxas de prevalência de pacientes infectados foram de 25,1% (56/223) no Hospital A e de 18,2% (29/159) no B, sem diferença significativa. Entretanto, quando comparados os episódios de IRAS (P=0,01, 34,0%, 76/223 vs e 22,0%, 35/159), a diferença foi estatisticamente significante no Hospital A. Dessas infecções 59,2% (45/76) em A e 31,4% (11/35%) em B, foram definidas através de critérios microbiológicos, com as mais frequentes (65,8%, 50/76) representadas pelas infecções de corrente sanguínea/sepse e pneumonia. As frequências de distribuição das IRAS, por faixa etária, foram de 72,9% (62/85) nos pacientes adultos, 15,2% (13/85) nas crianças e 11,8% (10/85) nos neonatos. Em relação às unidades de internação, 54,1% (46/85) dos pacientes estavam nas críticas, 30,5% (26/85) nas clínicas e 15,2% (13/85) nas cirúrgicas, nos dois hospitais. Os principais microrganismos detectados foram: Staphylococcus coagulase negativa (22,4%, 19/85), S. aureus (15,3%, 13/85), e P. aeruginosa (15,3%, 13/85). Em geral, quando comparados os dois hospitais, não foram encontradas diferenças significativas entre os indicadores epidemiológicos, excetuando-se para taxas de IRAS em pacientes não críticos (P<0,001) e em adultos (P=0,008), mais expressivas no Hospital A. Conclusões: As taxas de pacientes com IRAS foram altas nos dois hospitais, com predomínio infecção de corrente sanguínea e pulmonar, semelhantes nos dois hospitais, exceto para em pacientes não críticos e adultos, que foram significativamente maiores no Hospital A. Estas infecções predominaram pela ordem crescente em pacientes cirúrgicos, clínicos e críticos. No total, observou-se um predomínio de bactérias Gram negativas (55.3%, 47/85).