27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:838-1


Poster (Painel)
838-1ASSOCIAÇÃO in vitro ENTRE O EXTRATO HIDROETANÓLICO DE Anadenanthera colubrina E ERITROMICINA FRENTE A LINHAGENS DE Enterococcus faecalis
Autores:Catão, R.M.R (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Arruda, T.A. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Nunes, L.E. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba)

Resumo

Introdução: Os Enterococcus emergiram como um dos principais patógenos em infecções nosocomiais e comunitárias, devido a sua múltipla resistência aos antimicrobianos, necessitando muitas vezes de antibioticoterapia combinada visando promover ação bactericida. Estudos com produtos naturais e sua utilização em terapias combinatórias têm sido estimulados, dentre eles, os estudos in vitro, do uso associado de plantas medicinais e/ou seus compostos derivados com drogas antimicrobianas possibilitando inibir ou intensificar o efeito terapêutico dos antimicrobianos convencionais. O objetivo deste estudo foi determinar o perfil de suscetibilidade antimicrobiana de Enterococcus faecalis, avaliar in vitro a atividade antimicrobiana determinando a concentração inibitória mínima (CIM) do extrato hidroetanólico (EHE) de Anadenanthera colubrina (angico) e o efeito interativo com a eritromicina (ERI). Materiais e Métodos: Foram testados 12 antimicrobianos (Cefar®), além do EHE em diferentes concentrações frente a 9 amostras de E. faecalis multirresistentes pertencentes a bacterioteca da Universidade Estadual da Paraíba, sendo 8 cepas de origem ambulatorial e uma padrão, E.faecalis ATCC 4083. O antibiograma assim como a avaliação da atividade antimicrobiana, determinação da CIM e do efeito associativo do EHE do angico foram realizados em duplicata, por disco difusão, acrescentando-se nesta etapa 20 µL do EHE sobre o disco de ERI (15µg). Os inóculos bacterianos, na escala 0,5 de McFarland foram semeados em placas de Agar Mueller-Hinton e incubadas a 37⁰C/24h. Após este período realizou-se a leitura dos diâmetros (mm) dos halos de inibição de crescimento, considerando-se ativo a presença de halo ≥ 8mm e efeito interativo o aumento ≥ 2mm em relação a leitura inicial. Discussão dos Resultados: Observou-se multirresistência em 100% das cepas e 75% de cepas resistentes à ERI. O EHE apresentou atividade antibacteriana frente todas elas com CIM equivalente à diluição de 25%. Observou-se que a associação do EHE com a ERI foi capaz de reduzir o valor da CIM (12,5%) do EHE de angico. Entretanto, o aumento do diâmetro dos halos foi inversamente proporcional à concentração do EHE sugerindo ação antagônica nas cepas ERI-sensíveis, enquanto que nas ERI-resistentes não houve mudança no comportamento do EHE isolado e/ou associado a este antimicrobiano. Conclusão: As interações ocorridas in vitro não foram capazes de mudar o perfil de sensibilidade/resistência das cepas em estudo.