Resumo

Fungos filamentosos são capazes de produzir uma diversidade de enzimas extracelulares como celulases, hemicelulases, fenoloxidases, lignina e lipases que estão relacionadas à degradação de substratos presentes nos manguezais. Por esse motivo, fungos são uma fonte a ser explorada para biotecnologia. Tendo isso em vista, nosso grupo coletou amostras compostas de três manguezais na Baía de Guanabara e um na Baía de Sepetiba. Esses manguezais estão localizados na APA de Guapimirim; Jequiá, na Ilha do Governador; Duque de Caxias e Restinga da Marambaia. A partir dessas amostras foi possível montar uma coleção de 248 fungos filamentosos. Estes fungos filamentosos foram testados quanto ao seu potencial biotecnológico através da produção de enzimas extracelulares como celulases, xilanases, fenoloxidases e lipases, além da descoloração do corante poliaromático Poly-R 478 que pode ser correlacionada com a produção de lignina peroxidase, Mn peroxidase e lacase . O ensaio enzimático foi realizado através do crescimento dos fungos em meio de extrato de Malte (MEA) que foram posteriormente passados para placas de Petri contendo substratos indutores específicos para cada enzima como carboximetilcelulose para celulase, Xilana para xilanase; ácido tânico para fenoloxidase; Poly-R 478 para enzimas lignolíticas e Tween 20 para lipase, para observação da formação de halos que indicassem a positividade dos fungos quanto à produção destas enzimas. Como resultado, 206 fungos apresentaram a capacidade de produzir halo de hidrólise da celulase; 199 isolados produziram halo de hidrólise para xilanase; 91 isolados apresentaram halos acastanhados ao redor da colônia indicando a podução de polifenoloxidases; 66 fungos foram capazes de descolorir o corante Poly-R 478; 117 isolados apresentaram halos de preciptação ao redor das colônias, indicando a produção de lipase.