27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:800-1


Poster (Painel)
800-1STATUS DA FOSFORILAÇÃO DE eIF2 EM TECIDOS DE CAMUNDONGOS INFECTADOS POR Cryptococcus gattii.
Autores:Costa, M. C. (LBCM-ICB-UFMG - Laboratório de Biologia Celular de Microrganismos, ICB-UFMG) ; Santos, J. R. A. (LM-ICB-UFMG - Laboratório de Micologia, IFMG-UFMG) ; Ribeiro, M. J. A (LM-ICB-UFMG - Laboratório de Micologia, IFMG-UFMG) ; Santos, D. A. (LM-ICB-UFMG - Laboratório de Micologia, IFMG-UFMG) ; Gouveia, V. A (LBCM-ICB-UFMG - Laboratório de Biologia Celular de Microrganismos, ICB-UFMG)

Resumo

˂i>Cryptococcus gattii˂/i> é agente da Criptococose, uma micose sistêmica que acomete o homem e animais. Diferentes trabalhos mostram o papel da regulação traducional, mediada por eIF2 na adaptação de do hospedeiro à infecções bacteriana e virais. Entretanto, nada se sabe sobre o papel desta regulação na resposta às infecções fúngicas. Este trabalho teve como objetivo, avaliar o estado de fosforilação de eIF2 em ˂i>M. musculus˂/i> infectado com ˂i>C. gattii˂/i>. Para tanto, 18 camundongos (9 machos e 9 fêmeas) da linhagem C57BL/6 foram anestesiados e infectados com ˂i>C. gattii˂/i> (sorotipo VGII), por via intratraqueal. Como controle, 6 camundongos (3 machos e 3 fêmeas) receberam solução salina. Os animais foram sacrificados em diferentes intervalos de tempo (1, 7 e 15 dias). Cérebro, pulmão, fígado e baço foram removidos e as proteínas totais extraídas. As proteínas totais foram quantificadas pelo método de Bradford, resolvidas em SDS-PAGE e transferidas para membrana de nitrocelulose. As membranas foram bloqueadas em leite desnatado 5% (p/v) e incubadas com os anticorpos primários de interesse (eIF2-T e eiF2-P / Cell Signalling), lavadas e incubadas com anticorpo secundário-HRP, em condições previamente padronizadas. Comparando-se a razão eIF2-P/ eIF2-T, verificou-se que não há diferença no ˂i>status˂/i> de fosforilação de eIF2 em pulmão, fígado e baço. Entretanto, a análise do cérebro demonstrou aumento de eIF2-P no 1º dia, com redução no 7º e defosforilação no 15º dia pós-infecção, voltando ao estado basal observado nos controles. A fosforilação de eIF2 foi mais expressiva nas fêmeas em relação aos machos, sugerindo regulação diferencial em função de diferenças hormonais. O aumento de eIF2-P observado sugere que a regulação traducional pode ter papel revelante na resistência das fêmeas à infecção. Outras análises estão em execução e espera-se que os resultados obtidos permitam a melhor compreensão dos eventos moleculares relacionados à virulência de ˂i>C. gattii˂/i> no hospedeiro mamífero.