27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:793-1


Poster (Painel)
793-1Multiresistência de estirpes de E.coli patogências isoladas de peixes criados com e sem contato com a antimicrobianos
Autores:Cardozo, M.V. (FCAV - UNESP) ; Borges, A.B. (FCAV - UNESPFCAV - UNESP) ; Beraldo, L.G. (FCAV - UNESPFCAV - UNESPFCAV - UNESP) ; Oliveira, F.E. (FCAV - UNESPFCAV - UNESPFCAV - UNESPFCAV - UNESP) ; Ávila, F.A. (FCAV - UNESPFCAV - UNESPFCAV - UNESPFCAV - UNESP)

Resumo

Dentre as E.coli patogências, STEC (E. coli shigatoxigênicas) e EPEC (E. coli enteropatogênicas) destacam-se devido ao seu potencial zoonótico emergente. Ambas podem entrar na cadeia de alimentação humana de várias maneiras, mas freqüentemente é pela contaminação direta ou indireta de alimentos. O fato de carne de peixe ser muitas vezes ser ingerida cru aumenta significativamente os riscos de infecções. Outro fator relevante na criação de peixes que coloca em risco a saúde pública é a utilização de antibióticos de forma indiscriminada. Baseado nisso, este trabalho visa analisar a frequencia de STEC e EPEC em peixes, analisar os genes de virulência relacionados a tais patógenos e também determinar o perfil de resistência frente a diversos antimicrobianos. Foram analisadas 472 amostras de peixes coletadas no interior do estado de São Paulo, sendo 373 amostras provenientes de pisciculturas e 99 de peixes de vida livre. No laboratório, foi realizada a extração de DNA e em seguida uma PCR com o objetivo de detectar a presença dos genes stx1, stx2 e eae. Se positivo para pelo menos um destes genes, era realizado o isolamento e posterior PCR para a detecção de genes de virulência bfp, ehxA, saa, iha, toxB, paa, efa1, lpfAO113, lpfAO157/OI-141, lpfAO157/OI-154, e astA. Para a realização do teste de sensibilidade a antimicrobianos, foram testados 10 quimioterápicos. Dos 373 peixes de piscicultura, um (0,27%) foi positivo, e dos 99 de peixes de vida livre, seis (6,06%) foram positivos para STEC e/ou EPEC. Cada isolado apresentou um perfil de virulência, os genes encontrados ao todo foram: ehxA, saa, paa, efa1, lpfAO113 e astA. Nove antimicrobianos não foram capazes de eliminar o crescimento do isolado a partir de piscicultura, e somente dois nos isolados de peixes de vida livre. A baixa frequência encontrada e a multirresistência da estirpe isolada constata que os antimicrobianos são utilizados de forma indiscriminada na piscicultura, agravando ainda mais o resultado encontrado. Além disso, o peixe pode transmitir E.coli patogências, afetando a saúde do ser humano e veiculando de isolados multirresistentes.Os autores agradecem à FAPESP pelo auxílio financeiro recebido.