27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:779-2


Poster (Painel)
779-2SELEÇÃO E ISOLAMENTO DE Enterococcus spp. PRESENTES EM AMOSTRAS FECAIS DE Spheniscus magellanicus RECUPERADOS NO LITORAL NORTE DO RIO GRANDE DO SUL
Autores:Prichula, J. (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do SulUFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) ; Pereira, R.I. (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do SulUFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) ; Santestevan, N.A. (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Tavares, M. (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; d’Azevedo, P.A. (UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) ; Frazzon, A.P.G. (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo

O gênero Enterococcus está presente na microbiota gastrointestinal de humanos e de muitos animais. Considerando a escassa literatura existente acerca de bactérias isoladas de animais marinhos, fica evidente a importância do conhecimento da microbiota deste tipo de animal. Em vista disto, este trabalho teve como objetivo verificar a presença de Enterococcus spp. em amostras fecais de Spheniscus magellanicus recuperados no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Neste estudo, foram analisadas quatro amostras de fezes de quatro pinguins pertencentes à espécie Spheniscus magellanicus (P1, P2, P3 e P4). Swabs contendo amostras fecais destes quatro pinguins foram mergulhados em tubos contendo 9 ml de Caldo Azida Dextrose (35ºC ±2°C, 100 rpm, 24h). A partir desses tubos, foram realizadas diluições seriadas em solução salina 0,85% até 10ˉ6, cada uma destas diluições foi plaqueada, em triplicata, em Ágar Infusão de Cérebro (BHI) acrescido de 6,5% de NaCl (35ºC ±2°C, 24h). Trinta colônias foram selecionadas, aleatoriamente, destas placas e foram semeadas em Ágar Bile Esculina. Somente os isolados que apresentaram capacidade de hidrolisar esculina na presença de sais biliares foram esgotados em ágar BHI. Posteriormente, foi verificada a produção da enzima catalase e a capacidade destes microrganismos de multiplicar-se a 10°C e 45°C, em meio BHI, durante 24 horas de cultivo. Os isolados também foram submetidos à identificação microscópica através do método de Gram. Por fim, cada isolado foi mantido em solução contendo Skim Milk e glicerol (10%), e armazenados em criotubos a - 20°C. Das amostras fecais dos quatro pinguins, foi possível isolar 81 bactérias, 22 bactérias da amostra P1, 18 bactérias da amostra P2, 21 bactérias da amostra P3 e 20 da amostra P4. Estas bactérias foram capazes de crescer em Caldo Azida Dextrose, em BHI acrescido de 6,5% NaCl, hidrolisaram esculina na presença de sais biliares, apresentaram resultado negativo para o teste da catalase, cresceram a 10°C e 45°C e todos os isolados eram cocos Gram-positivos. Com base nos testes presuntivos realizados neste estudo, é possível inferir que as bactérias isoladas de Spheniscus magellanicus apresentam características típicas de enterococos. Entretanto, testes fisiológicos específicos e técnicas moleculares serão realizadas para auxiliar na confirmação do gênero Enterococcus e na identificação das espécies presentes nas amostras avaliadas.