27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:770-2


Poster (Painel)
770-2Atividade antibiofilme de nanopartículas de óleo de Melaleuca alternifolia
Autores:Santos, RCV (UNIFRA - Laboratório de Pesquisa em MicrobiologiaUNIFRA - Laboratório de Pesquisa em Microbiologia) ; Souza, ME (UNIFRA - Laboratório de Pesquisa em MicrobiologiaUNIFRA - Laboratório de Nanotecnologia) ; Raffin, RP (UNIFRA - Laboratório de NanotecnologiaINVENTIVA - Inventiva) ; Gomes, P (UNIFRA - Laboratório de Nanotecnologia) ; Felippi, CC (INVENTIVA - Inventiva) ; Vaucher, RA (UNIFRA - Laboratório de Pesquisa em Microbiologia)

Resumo

De acordo com o Ministério da Saúde mais de 70% dos microrganismos que causam infecções hospitalares no Brasil, são resistentes a pelo menos um antimicrobiano e cerca de 80% de todas as infecções microbianas em humanos estão relacionadas a biofilmes. Os biofilmes são comunidades com um elevado grau de organização, onde os microrganismos formam comunidades estruturadas, coordenadas e funcionais. Um patógeno oportunista produtor de biofilme que vem sendo relatado como um dos principais agentes causadores de infecções hospitalares é a Pseudomonas aeruginosa. Uma cepa de P. aeruginosa (PA01) vem sendo amplamente utilizada como referência em pesquisas na produção de biofilmes. O óleo de Melaleuca alternifolia é um fitoterápico tradicionalmente utilizado como cicatrizante, antimicrobiano e anti-inflamatório. Vários estudos in vitro indicam que o óleo de M. alternifolia é um potente antimicrobiano frente a uma gama bastante grande de microrganismos, incluindo bactérias, fungos, vírus e parasitas. Os biofilmes são um sério problema de saúde pública, tanto comunitário quanto hospitalar. Somado a isto, a problemática da resistência microbiana se constitui em uma ameaça constante à saúde. Atualmente, a indústria farmacêutica se encontra sem respostas, pois as alternativas são pouco eficazes no tratamento de infecções por microrganismos resistentes e biofilmes. No entanto, existem vários relatos na literatura que demonstram que a nanoestruturação de alguns produtos de origem natural representam um aumento na potência antimicrobiana. Frente a isso o óleo de M. alternifolia foi nanoencapsulado e testado quanto às sua capacidade de eliminação de biofilmes de P. aeruginosa PA01. Foram utilizadas as concentrações de 50; 25; 12,5% de nanocápsulas de óleo de M. alternifolia sobre o biofilme de 24h de P. aeruginosa PA01. Foi empregado o ensaio de retenção de cristal violeta 0,1%. Os testes foram realizados em triplicata. As nanocápsulas de óleo de M. alternifolia na concentração de 50% mostraram uma redução no biofilme de 82,8%; de 65,8% para as concentrações de 25% e 48,5% para a concentração de 12,5%. O presente estudo mostra que óleo de M. alternifolia nanoencapsulado apresenta uma excelente ação na inativação de biofilmes formados por P. aeruginosa PA01.