27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:762-1


Poster (Painel)
762-1AVALIAÇÃO FENOTÍPICA DAS β-LACTAMASES ESBL, AmpC E KPC EM ENTEROBACTÉRIAS ISOLADAS DE HEMOCULTURAS EM HOSPITAIS DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS
Autores:Silva, L.N. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Carvalho, M.A.R. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Magalhães, P.P. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Farias, L.M. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Serufo, J.C. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Santos, S.G. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)

Resumo

Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS) envolvendo a família Enterobacteriaceae representam um desafio crescente pelos sérios agravos à saúde do paciente, aumento da mortalidade e elevação dos custos médicos. A produção de enzimas beta-lactamases de espectro estendido (ESBL), AmpC e carbapenemases é um dos principais mecanismos de resistência nesta família, mas sua presença é subestimada pelas dificuldades na detecção laboratorial. Avaliou-se, por métodos fenotípicos, a produção de ESBL, AmpC e KPC por bactérias recuperadas de hemoculturas provenientes de cinco Hospitais de Belo Horizonte, MG, entre dezembro de 2008 e junho de 2009 (27 amostras de Klebsiella pneumoniae, 15 de Enterobacterspp. e quatro de Escherichia coli), todas com fenótipo de resistência a uma ou mais cefalosporinas de 3ª geração e/ou a um carbapenêmico. A identificação das amostras e o perfil de susceptibilidade a antimicrobianos foram realizados pelo sistema VITEK®2(bioMERIEUX). Os testes de disco aproximação (TDA), Etest e o Vitek foram usados para ESBL; TDA para AmpC e, para KPC, o Teste de Hodge Modificado (THM). Na pesquisa de ESBL, 66,6% das amostras de K. pneumoniae foram positivas pelo TDA, 62,9% pelo Etest e 96,2% pelo Vitek; 33,3% das amostras de Enterobacter spp. foram positivas pelo TDA, 40% pelo Etest; TDA, Etest e Vitek revelaram positividade para 75% das amostras de E. coli. Das amostras de K. pneumoniae, 57,1% foram resistentes ao ertapenem e 10,7% ao meropenem, sendo 37% produtoras de KPC. Para AmpC, apenas amostras de Enterobacter spp. foram positivas (20%). Os altos índices de bactérias produtoras dessas enzimas corroboram os dados da literatura. Embora os métodos fenotípicos possam ser de difícil interpretação, poderão contribuir, na rotina laboratorial, para otimização da terapêutica no controle das IRAS e da disseminação clonal. A confirmação da produção e a caracterização molecular destas enzimas fazem parte do estudo.