27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:759-1


Poster (Painel)
759-1Determinação molecular de Aspartil protease secretória em isolados clínicos de Candida albicans.
Autores:AMARAL. R. S. (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; GUIMARÃES, C.R.E (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; ARRAES, A. C. P. (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; ARAÚJO, E. D. (UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE) ; BARROS, T. F. (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)

Resumo

A incidência de infecções fúngicas tem aumentado significativamente ao longo dos anos, sendo o gênero Candida mais comumente isolado. A incidência e a severidade destas infecções dependem de fatores inerentes ao hospedeiro bem como inerentes ao micro-organismo. A levedura polimórfica Candida albicans é um importante patógeno oportunista, sendo a espécie mais frequentemente isolada tanto infecções superficiais quanto em sistêmicas. A aspartil protease secretória (Sap) é uma das enzimas hidrolíticas mais importantes secretada por Candida, pois tem capacidade de degradar proteínas humanas como anticorpos, componentes do sistema complemento, citocinas, colágeno, queratina, além de ativar outros fatores de virulência, sendo codificadas for uma família de multigenes com 10 membros (SAP1 - SAP10). O objetivo desse estudo foi avaliar a distribuição de aspartil protease em 37 isolados de C. albicans provenientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e de mulheres em trabalho de parto, através da Reação da Polimerase em Cadeia (PCR) com iniciadores específicos dos genes Sap. A detecção dos genes Sap através da PCR é mais específica que a determinação in vitro e resultados preliminares indicaram a presença dos genes SAP1 a SAP10 em todos os isolados testados. Outros estudos também detectaram a presença dos genes Sap pesquisado em todos isolados de C. albicans. As regiões promotoras desses genes são distintas, permitindo a regulação individual, evidenciando que a levedura é capaz de secretar uma enzima específica dependendo das condições ambientais como pH, temperatura, nutrientes, tipo e estágio da infecção, tornando-se capaz de aderir, penetrar, se multiplicar e evadir do sistema imune, consequentemente, o crescimento de indivíduos imunossuprimidos acarreta no aumento da frequência de infecções fungicas. O estudo desses genes, portanto, é imprescindível no estudo da patogênese de C. albicans.