27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:754-1


Poster (Painel)
754-1ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE CEPAS DO FUNGO Cunninghamella sp DE SOLO DE VÁRZEA SUL TOCANTINENSE
Autores:ANDRADE, M.V.R.F (UFT - Universidade Federal do TocantinsUNIRG - Centro Universitário UNIRG) ; DEUSDARÁ, T.T. (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; SCHEIDT, N.S. (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; RIBEIRO, B.M. (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; ERASMO, E.A.L. (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; OLIVEIRA, L.A (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) ; CARLOS, D.S. (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; GELLEN, L. F. A. (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; CHAGAS-JÚNIOR, A. F. (UFT - Universidade Federal do TocantinsLABMICRO - Laboratório de Microbioloia - UFT - Campus Gurupi)

Resumo

Introdução: O solo é considerado um dos principais habitats para população de microrganismos e dentre estes, encontram-se os fungos. O solo de várzea, por ser úmido e rico em matéria orgânica, associado ao clima tropical do sul do Tocantins apresenta-se com importante potencial para identificação de microrganismos com potencial biotecnológico, entre eles os fungos da classe Zygomicetes, com destaque para os da ordem Mucorales do gênero Cunninghamella. Objetivos: Isolar cepas do fungo do gênero Cunninghamella em solo de várzeas no sul do estado do Tocantins, Brasil, caracterizando-as macroscopicamente e microscopicamente e comparando com cepa referência de Cunninghamella elegans (CBMAI 0843). Metodologia: As amostras de solo foram coletadas de área de várzea da Fazenda Experimental da Universidade Federal do Tocantins, Campus Gurupi, localizada no sul do Estado. Elas foram coletadas em 3 pontos aleatórios (1, 2, 3) em triplicata (A, B, C) a uma profundidade máxima de 10cm e com 300g cada uma. Após homogeneização, foram retiradas 200g e identificadas. Para o isolamento foi utilizado Agar Sabouraud acrescido de cloranfenicol (100mg/L) e o método de espalhamento (2g) em placa de Petri a 28ºC. Quando constatada a presença de micélio ou hifas, foi realizada a transferência das subculturas para uma nova placa, até a obtenção de culturas puras que foram, então, repicadas em Batata Dextrose Agar (BDA). Para identificação e caracterização macroscópica, foram acompanhadas as características das cepas durante o crescimento (96 horas): cor do verso e reverso, textura, topografia e velocidade de crescimento. Na microscopia foram registradas as principais estruturas morfológicas para identificação utilizando bases bibliográficas. As características microscópicas e macroscópicas das cepas isoladas foram confrontadas com cepa referência de Cunninghamella elegans (CBMAI 0843). Resultados e Discussão: Das amostras de solo coletadas foram possíveis isolar três do gênero Cunninghamella, identificadas como 1B, 2A e 3A. As características macroscópicas observadas durante o crescimento em placa Petri com meio BDA a 28ºC por 96 horas foi comum aos três isolados: velocidade de crescimento rápida (≤ 7 dias), cor beje no verso e branca no reverso, textura algodonosa e seca com hifas altas, entrelaçadas e brancas, e crescimento topográfico centrífugo e homogêneo. Na microscopia foram observados esporangióforos eretos, ramificados e na extremidade de cada ramificação notou-se a presença de vesículas globosas com diversos esporangíolos. O micélio apresentou-se não septado na maioria das vezes o que caracteriza cultura jovem. Conclusão: Com base nas características microscópicas e macroscópicas dos três isolados comparadas com a literatura e confrontadas com as características de cepa referência de Cunninghamella elegans, não resta dúvida que as cepas encontradas no solo de várzea do sul do Tocantins são do gênero Cunninghamella.