27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:743-2


Poster (Painel)
743-2Bactérias diazotróficas associadas a plantas de cana-de-açúcar: produção de pectinases in vitro.
Autores:Pereira,A.J.A (UFRPE-UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco-UAG) ; Diniz,W.P.S. (UFRPE-UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco-UAG) ; SILVA,F.G (UFRPE-UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco-UAG) ; Santos,I.B. (UFRPE-UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco-UAG) ; Campos,G.P.A. (UFRPE-UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco-UAG) ; Sobral,J.K. (UFRPE-UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco-UAG)

Resumo

As pectinases formam um grupo de enzimas que degradam substâncias pécticas, podendo ser produzidas por plantas, fungos filamentosos, bactérias e leveduras. Estas enzimas apresentam uma grande diversidade de uso, desde a indústria alimentícia até a indústria têxtil. Considerando que as enzimas produzidas por micro-organismos são um dos produtos mais explorados pelas indústrias de biotecnologia, devido ao menor custo, facilidade de produção e manipulação, o presente trabalho teve como objetivo selecionar bactérias diazotróficas endofíticas de raiz capazes de produzir pectinases in vitro. Foram avaliadas 40 isolados bacterianos diazotróficos e endofíticos associados a plantas de cana-de-açúcar cultivadas em Pernambuco, pertencentes à coleção de culturas microbianas do Laboratório de Genética e Biotecnologia Microbiana (LGBM) da Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG/UFRPE). Para a determinação da atividade pectinolítica as bactérias foram inoculadas em meio sólido acrescido de pectina cítrica como substrato em dois diferentes pHs( 5,0 e 8,0), sendo detectadas a produção de pectato liase e poligalacturonase, respectivamente, e incubadas por 5 dias a 28°C. Após o crescimento das colônias bacterianas, as placas foram cobertas com solução de lugol por 10 min. A atividade pectinolítica foi determinada devido à formação de um halo claro ao redor da colônia bacteriana. A partir deste, mensurou-se o índice enzimático (IE), através da relação IE= diâmetro do halo/ diâmetro da colônia. Foi observado que 47,5% apresentaram capacidade de produzir pectinase in vitro. Sendo que entre as bactérias positivas 26,31% apresentaram capacidade de produzir pectinase em ambos os pHs. Observando o IE das positivas, a bactéria UAGF37 se destacou, por apresentar os maiores IE, em pH5,0(2,32) e pH8,0(4,90). Enquanto que os isolados UAGCV102 e UAGF21 foram as que menos se destacaram. Ambos produziram apenas em pH 8,0, com valores de IE de 0,786 e 0,812, respectivamente. De acordo com os resultados observados, concluímos que existem bactérias produtoras de pectinases associadas a plantas de cana-de-açúcar no estado de Pernambuco capazes de produzir pectinases em diferentes pHs in vitro, e que essas bactérias possuem potencial para aplicação biotecnológica.