27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:741-2


Poster (Painel)
741-2PRODUÇAO DE BIOSSURFACTANTE POR Mucor ramosissimus EM CONDIÇÕES ANAERÓBIAS
Autores:Freitas Silva, M. C. (UFRR - Universidade Federal de Roraima) ; Souza, P. M. (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco) ; Marques, N. S. A. A. (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco) ; Campos-Takaki, G. M. (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco)

Resumo

Os biossurfactantes são compostos anfifílicos que têm propriedades de reduzir a tensão superficial e interfacial, aumentar a solubilidade e à biodegradação dos compostos hidrofóbicos. São substãncias de origem microbiana que apresentam termoestabilidade, tolerância a força iônica, biodegradabilidade e baixa toxicidade. Mucor ramosissimus é um fungo pertencente a classe dos Zygomycetes e tem sido amplamente estudado em virtude de um elevado potencial em produzir enzimas, vitaminas, antibióticos, acidos graxos e outros produtos, como os biossurfactantes. Neste trabalho foi realizada uma análise da produção de biossurfactante por Mucor ramosissimus diariamente. Os experimentos foram realizados utilizando placas de Petri contendo o meio BDA para a esporulação, durante 4 dias a 28°C. O inoculo correspondendo a 107/ mL de esporos foi transferido para frascos de Erlenmeyer de 125 mL, contendo 50 mL do meio YPG (extrato de levedura, peptona e glicose), como controle e YPG e óleo pós-fritura (5%) como tratado, incubados a 28°C, em condição anaeróbia. Alíquotas diárias foram retiradas até 96 horas de cultivo e o liquido metabólico livre de células foi submetido à tensão superficial e índice de emulsificação (E24). Os óleos utilizados para o índice de emulsificação foram soja, queimado de motor, canola e milho. Os melhores resultados da tensão superficial (28,2mN/m) e do índice de emulsificação (85%), na presença do óleo queimado de motor, foram determinados após 96h de cultivo. Este trabalho requer atenção por existirem poucos relatos na literatura sobre a produção de biossurfactante por fungo filamentoso. Com isso, Mucor ramosissimus passa a ter um importante papel em pesquisas biotecnológicas por apresentar capacidade tenso ativa e emulsificante em condições atmosféricas diferenciadas.