27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:735-2


Poster (Painel)
735-2Avaliação do perfil de susceptibilidade de Klebsiella sp. aos beta-lactâmicos
Autores:Teixeira, L.T. (SUPREMA - Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora) ; Garcia, P.G. (SUPREMA - Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora) ; Lara, E.B. (SUPREMA - Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora) ; Tergolino, P.M. (SUPREMA - Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora)

Resumo

Introdução: Espécies de Klebsiella sp são amplamente distribuídas na natureza e no trato gastrointestinal dos seres humanos e animais, além de importantes patógenos humanos, responsáveis por vários processos infecciosos em pacientes ambulatoriais e hospitalizados. Este gênero apresenta importantes mecanismos de resistência aos antimicrobianos, entre estes, destaca-se a produção de beta-lactamases, fato que tem despertado grande preocupação entre profissionais de saúde, uma vez que os beta-lactâmicos constituem a principal classe de antimicrobianos utilizada na prática clínica para tratamento de infecções ocasionadas por membros da família Enterobactereaceae. Materiais e Métodos: Foi realizada uma análise retrospectiva em bancos de dados, em um laboratório de análises clínicas da cidade de Juiz de Fora, MG, no período de outubro de 2011 a outubro de 2012. Foram selecionadas culturas com resultados positivos para Klebsiella sp obtidas de diversos materiais biológicos, provenientes de pacientes hospitalizados e ambulatoriais, além da avaliação dos resultados dos testes de sensibilidade aos betalactâmicos. Resultados: Foram obtidas 198 cepas de Klebsiella sp, sendo 130 de origem hospitalar e 68 de origem ambulatorial. Considerando as amostras hospitalares analisadas, 79,23% das cepas isoladas foram resistentes à ampicilina/sulbactam, 81,54% à cefalotina, 76,92% à cefoxitina, 76,15% à ceftriaxona, 61,54% ao cefepime, 15,38% ao imipenem e 20,00% ao meropenem. Em relação às amostras ambulatoriais 31,34% das cepas isoladas foram resistentes à ampicilina/sulbactam, 41,79% à cefalotina, 19,40% à cefoxitina, 16,42% à ceftriaxona, 13,43% ao cefepime, 2,99% ao imipenem e 5,97% ao meropenem. Conclusão: Klebsiella sp tem apresentado altas taxas de resistência aos beta-lactâmicos. Tanto cepas hospitalares quanto ambulatoriais apresentaram resistência a todas as classes de beta-lactâmicos, incluindo resistência a drogas de última escolha como os carbapenêmicos.