27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:731-1


Poster (Painel)
731-1AVALIAÇÃO DO ENVOLVIMENTO DO ESTRESSE OXIDATIVO NA TOXICIDADE INDUZIDA POR RAÇÃO CONTAMINADA COM FUMINISINA B1 EM PINTOS DE CORTE
Autores:Souto, N.S. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; POERSCH A. B (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; TROMBETTA, F. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; BRAGA A. C. M (UFSM - Universidade Federal de Santa MariaUFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Lima, C. O. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Perlin, V.J. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Dilkin, P. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Mallmann. C. A. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; FURIAN A. F. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Oliveira, M.S (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

Introdução: Fumonisinas são micotoxinas produzidas por fungos do gênero Fusarium spp., patógeno primário de milho. Estruturalmente, a fumonisina B1 (FB1) assemelha-se aos esfingolipídios essenciais, inibindo a ceramida síntase (CS) e bloqueando o metabolismo dos esfingolipídios, que são fundamentais para a biossíntese de novos esfingolipídios, esfingosina (So) e esfinganina (Sa). Esta é uma enzima chave na biossíntese de esfingolipídios, e sua inibição gera toxicidade e prejuízo à algumas funções celulares essenciais, através da geração de espécies reativas de oxigênio resultando em peroxidação lipídica e morte celular. Objetivos: Determinar o envolvimento do estresse oxidativo na toxicidade hepática de pintos que receberam ração contaminada com FB1. Métodos: 24 pintos de corte Cobb, machos, com 1 dia, foram divididos aleatoriamente em dois grupos: controle ou FB1 (100 ppm). No final do tratamento (21 dias), os pintos foram pesados e eutanasiados utilizando CO2, o fígado e a carcaça foram pesados. O fígado foi homogeneizado em Tris-HCl (50 mM, pH = 7.4), para análise da atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa-S-transferase (GST), bem como conteúdo de ácido ascórbico (vit C), tióis não protéicos (NPSH) e conteúdo de TBARS que são marcadores não enzimáticos do estresse oxidativo. O sangue foi centrifugado para quantificação de Sa e So por HPLC. Os dados foram analisados pelo teste t de student, e um p<0.05 foi considerado significante. Resultados: O peso do fígado aumentou no grupo tratado com FB1, assim como o conteúdo de vit C, a atividade da CAT, os níveis de TBARS e a razão Sa:So. Contudo, as atividades das enzimas GST e SOD não foram alteradas. Conclusão: verificou-se que o estresse oxidativo e a inibição da CS estão envolvidos na ação tóxica da FB1, e que estes podem ser os responsáveis pelo dano hepático em pintos. Assim, estes efeitos podem acarretar em perdas na produção e econômicas, sendo de interesse de mais estudos que possam minimizar estas perdas.