27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:721-1


Poster (Painel)
721-1AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE ÓLEOS ESSENCIAIS DAS FOLHAS DE Hyptis pectina NA VIABILIDADE CELULAR E ATIVIDADE PROTEOLÍTICA DO Trypanosoma cruzi
Autores:Menezes, D.R. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Capaci-Rodrigues, G. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Rodrigues, I.A. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Alviano, D.S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Alviano, C.S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Vermelho, A.B. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

A doença de Chagas é uma doença parasitária de ampla distribuição na América Latina, com grande impacto social e econômico atingindo principalmente as populações de baixa renda. Esta doença caracteriza-se por uma inflamação crônica debilitante e incurável, que após anos de infecção assintomática, entre 15-30% dos pacientes acometidos desenvolvem manifestações cardíacas, digestivas ou nervosas, podendo levar a morte. As opções terapêuticas para o tratamento da doença de Chagas são limitadas e ineficazes, tornando a descoberta de novas entidades terapêuticas para o tratamento desta enfermidade uma questão de grande importância em termo de saúde pública. Neste estudo avaliamos o efeito dos óleos essenciais das folhas de H. pectinata (SAM 006) na fase de floração e na fase vegetativa, sobre a proliferação da forma epimastigota cepa Dm do T. cruzi e sobre a atividade proteolítica do parasita. Para avaliar o efeito dos óleos essenciais na proliferação do parasita foi montado um bioensaio através da metodologia de microdiluição sucessiva utilizando a resazurina como indicador de viabilidade celular, neste os óleos foram avaliado nas concentrações de 500-3.9 µg/mL e testado contra o parasita (5 x 105 células/mL). A atividade proteolítica do parasita frente aos óleos essenciais (100 µM) foi avaliada em 10% SDS-PAGE com gelatina a 0,1% incorporada ao gel como substrato. A determinação da IC50 (concentração dos fitoterápicos que reduziu em 50% a proliferação do parasita) foi realizada através da análise de regressão linear a partir dos valores de inibição (%), onde foi encontrado: ± 111 e ± 155 (SAM006 no estado de floração e vegetativo, respectivamente). A atividade proteolítica do parasita foi alterada e as atividades das metalo- e cisteína peptidase foram reduzidas. Os resultados obtidos indicaram que ambos os fitoterápicos são capazes de alterar a atividade proteolítica do parasita assim como possui potencial citotóxico para cepa Dm do protozoário independente do período de coleta da amostra. Além disso, foi possível observar que o efeito do fitoterápico é dose dependente, com a viabilidade do parasita diminuindo à medida que se eleva a concentração dos fitoterápicos.