27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:713-1


Poster (Painel)
713-1Avaliação de isolados de Trichoderma spp. quanto a capacidade antagônica no controle de Rhizoctonia solani, in vitro.
Autores:Arruda, R.L (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; Arruda, E.L (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; Chagas, L.F.B (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; Chagas junior, A.F (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; Erasmo, E.A.L (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; Pinto, I. O (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; Pereira, A.S (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; Silva, D.B (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; Silva, A.A (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; GELLEN, L.F.A (UFT - Universidade Federal do Tocantins)

Resumo

O fungo do gênero Trichoderma é um agente promissor de biocontrole, que vive saprofiticamente ou parasitando outros fungos. Estão entre os microrganismos mais utilizados como antagonista contra o Rhizoctonia solani, fungo causador de doenças em diversas culturas. O objetivo do trabalho foi avaliar a capacidade de produção de compostos voláteis in vitro de diferentes isolados do fungo Trichoderma, e sua ação contra o patógeno R. solani. Utilizou-se cinco isolados de Trichoderma ssp., oriundos de áreas de várzea no Sul do Estado de Tocantins, sendo testados quanto a produção de compostos voláteis. Os isolados foram semeados em meio BDA a partir da retirada de discos contendo o fungo já desenvolvido, em diferentes fases de crescimento dos cinco isolados a serem testados (1, 3 e 6 dias de crescimento). Posicionou-se as tampas das placas de Petri contendo o meio BDA, umas sobre as outras, e na extremidade inferior da placa, foi repicado disco de micélio do antagonista e na superior, o patógeno. Os testes foram realizados colocando o antagonista no mesmo dia do patógeno, três dias antes do patógeno e seis dias antes do patógeno. As testemunhas dos antagonistas foram representadas colocando o disco na parte superior e inferior da placa, para avaliar se o mesmo inibiria seu próprio crescimento e, isoladamente incubou-se discos dos antagonistas e do patógeno para avaliar seu potencial de crescimento. As placas foram incubadas a 28ºC e de 12h luz, durante sete dias. A avaliação consistiu no dimensionamento do raio de desenvolvimento do micélio. Verificou-se que as colônias de R. solani tornaram-se frequentemente reduzidas na presença de Trichoderma spp., quando o mesmo foi inoculado três dias antes do patógeno. Provavelmente, porque a maior atividade de produção de metabólitos por esses isolados se dá em torno do terceiro dia de crescimento. Os isolados com três dias de inoculação, incluindo o controle, inibiram o crescimento do patógeno significativamente, indicando que o antagonista produz um composto volátil tóxico que inibe o crescimento do R. solani utilizado no trabalho. Desta forma destaca-se a importância de mais pesquisas com esses microrganismos, uma vez que o emprego de agentes biológicos mostra-se uma alternativa menos agressiva ao meio ambiente, em substituição aos defensivos químicos.