27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:697-2


Poster (Painel)
697-2PERFIL BACTERIANO DO AMBIENTE DE UTI NEONATAL EM UM HOSPITAL DE ENSINO: ESTUDO COMPARATIVO
Autores:Ponte, R.L (SCMS - Santa Casa de Misericórdia de Sobral) ; Ponte, I.L (SCMS - Santa Casa de Misericórdia de Sobral) ; Fontenele, A.E.P (INTA - Instituto Nacional de Teologia Aplicada) ; Vasconcelos, F.F (SCMS - Santa Casa de Misericórdia de Sobral) ; Borges, L.S (SCMS - Santa Casa de Misericórdia de Sobral)

Resumo

INTRODUCÃO: A população neonatal representa hoje um grupo estratégico no que se refere à redução da mortalidade infantil, um dos indicadores de qualidade de vida, do nível de saúde e do grau de desenvolvimento de um país. A incidência de infecções hospitalares varia de acordo com as características de cada unidade de tratamento (infraestrutura e recursos humanos), do próprio recém-nascido (RN) (idade gestacional e peso de nascimento) e dos métodos de prevenção e diagnósticos disponíveis. As taxas gerais de infecção hospitalar em unidades neonatais de países desenvolvidos variam de 8,4 a 26%. No Brasil, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de nível terciário possuem taxas de infecção entre 18,9 a 57,7%. O presente estudo teve como objetivo analisar comparativamente a incidência e o perfil etiológico das bactérias presentes no ambiente da UTI Neonatal do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS). MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa quantitativa de bactérias realizada no ambiente da UTIN. Foram estabelecidos vinte e cinco locais para a coleta de material para realização de cultura e identificação do micro-organismo, dentre estes estão as superfícies: Fonte de oxigênio, monitor, encubadora, bomba de infusão, ventilador mecânico, ponta de vácuo, carro de parada, computador e lavatório de mãos. DISCURSSÃO DOS RESULTADOS Das culturas realizadas, 3 (20%) não houve crescimento bacteriano e 3 (20%) apresentaram mais de uma bactéria do total de 15 (100%) locais coletados. Entre os micro-organismos isolados observou-se a prevalência de Enterobacter sp. (40%), seguido Staphylococus aureus (33.3%), Staphylococus coagulase negativo (20%) e Pseudomonas sp (6.7%). Em um estudo realizado em UTIN de São Paulo foi evidenciado o predomínio do Staphylococcus coagulase negativo, tanto para as infecções em RN externos (33%) quanto internos (41%). Dentre os Gram-negativos, Pseudomonas sp. e Enterobacter sp. foram isolados com maior frequência nos RN externos. COCLUSAO: As infecções hospitalares neonatais representam problema relevante cujo controle depende de medidas que se aplicam à gestante, ao ambiente hospitalar, à equipe assistencial e ao próprio recém-nascido. Apesar de terem surgido novas propostas para a redução do risco de infecção hospitalar em recém-nascidos, estas são de custo elevado e não substituem a vigilância epidemiológica contínua nas unidades neonatais.