27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:680-2


Poster (Painel)
680-2Borrelia burgdorferi EM CÃES ERRANTES DA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DO PARANÁ, BRASIL
Autores:Gonçalves, D.D. (UNIPAR - Universidade Paranaense) ; Caetano, I.C.S. (UNIPAR - Universidade Paranaense) ; Oliveira, P.A. (UNIPAR - Universidade Paranaense) ; Oliveira, L.A. (UNIPAR - Universidade Paranaense) ; Dreer, M.K.P. (UNIPAR - Universidade Paranaense) ; Gerônimo, E. (UNIPAR - Universidade Paranaense) ; Nascimento, D.A.G. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Vidotto, O. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Freitas, J.C. (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

Introdução: A doença de Lyme é uma enfermidade infecciosa que acomete diferentes espécies de animais e também o homem. É transmitida por carrapatos sendo provocada pela infecção de bactérias do complexo Borrelia burgdorferi. O objetivo deste trabalho foi detectar anticorpos anti-Borrelia burgdorferi do complexo sensu lato (s.l.) em cães errantes albergados em um abrigo filantrópico da cidade de Umuarama, Paraná, Brasil. Material e Métodos: Foi coletado sangue de 100 cães errantes, de ambos os sexos e com carrapatos fixados no corpo provenientes de um abrigo filantrópico da cidade de Umuarama, Paraná. As amostras de sangue foram encaminhadas ao Laboratório de Medicina Veterinária Preventiva da UNIPAR para posterior obtenção do soro. Para detectar anticorpos anti-B. burgdorferi do complexo sensu lato (s.l.) os soros foram submetidos à técnica de imunofluorecência indireta no Laboratório de Protozoologia da UEL. Foram considerados reagentes os soros que apresentaram borrelias fluorescentes com título ≥64. Resultados: Das 100 amostras analisadas, 42 (42%) foram consideradas reagentes na IFI apresentando em 26 (61,90%) títulos de 64, em 12 (28,57%) títulos de 128 e em quatro (9,53%) títulos de 256. Discussão: Das amostras pesquisadas 42% foram consideradas reagentes na IFI, resultado semelhantes aos encontrados na região metropolitana do Rio de Janeiro (RJ) que detectaram 48,25% de sororeagentes em cães domiciliados e superior aos resultados de encontrados no estado de São Paulo (SP) que detectou 20,00 de sororeagentes. Na região norte do estado do Paraná, foi detectado 26,50% de sororeagentes em cães provenientes de um assentamento rural. Pesquisadores relatam que os prováveis vetores de Borrelia spp, ainda não estão bem identificados no país, porém suspeita-se que os possíveis responsáveis pelo ciclo silvestre pertençam ao gênero Ixodes, enquanto o gênero Amblyomma estaria envolvido na transmissão a animais domésticos e homem. Vale ressaltar que todos os animais desta pesquisa apresentavam no momento da coleta de sangue carrapatos fixados no corpo e por este motivo pesquisas com estes carrapatos a fim de se detectar DNA ou ainda realizar o isolamento da bactéria seriam fundamentais para o conhecimento da epidemiologia desta enfermidade zoonótica. Agradecimentos: A UNIPAR e ao Laboratório de Protozoologia da UEL pelos financiamentos concedidos a esta pesquisa.