27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:679-1


Poster (Painel)
679-1ATUAÇÃO DA ZONA RIPÁRIA SOB DIFERENTES USOS DO SOLO NA MANUTENÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DO RIO SÃO JOÃO – PR
Autores:KUO, L. H. (UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná) ; PINTO, F.G.S. (UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná) ; FRUET, T. K (UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná) ; WEBER, L. D. (UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná) ; PANDINI, J. A. (UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná) ; SCUR, M. C. (UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná) ; SANTANA, C. B (UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná) ; SOUZA, J. G. L (UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná) ; CEZAR, T. P. (UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná)

Resumo

Os diferentes usos do solo acarretam modificações nos sistemas fluviais, pois as compactações destes somados ao escoamento superficial de áreas impactadas afetam negativamente a qualidade física, química e microbiológica dos recursos hídricos. O monitoramento dos seus recursos hídricos é uma das formas de avaliar as interferências antrópicas do uso do solo. Nesta perspectiva, objetivou-se determinar a qualidade microbiológica da água do rio São João-PR, utilizando os coliformes totais (Cto) e os coliformes termotolerantes (Cte) para quatro pontos de coleta (P1 a P4), a fim de identificar os fatores de poluição e a relação com as variações sazonais de precipitação relacionando os diferentes usos e ocupação do solo da microbacia. Nas 72 amostras analisadas no período de junho/2011 a maio/2012, verificou-se que o número mais provável/mL para Cte do P1 ao P4 foram, respectivamente, 6,6 / 3,5 x 10 3 / 1,9 x 10 3/ 1,1 x 10 1 , e para Cto, foram respectivamente encontrados 102 / 2,2 x 104 / 5,7 x 10 3 / 9,5 x 10 3. A microbacia do rio São João está representada pela majoritariamente pela agricultura (44,11%) e pela mata nativa (48,87%). A área de drenagem para o P1 é representada por 87,57% de agricultura e para o P4 constatou-se 22,30% do mesmo uso, mas para os Cte o teste de significância (Tukey p<0,05) inferiu similaridade entre os pontos, portanto, isto se deve a mitigação dos impactos agrícolas pela área de mata nativa no entorno da nascente do P1, considerando a faixa determinada pela legislação brasileira vigente como suficiente para a sua preservação. Do P2 para o P3, a área de drenagem apresentou uma melhora na preservação do uso do solo, diminuindo em 44,41% a área agrícola e elevando em 47,93% a cobertura do solo para mata nativa, entretanto, os pontos em questão apresentaram similaridade estatística entre s médias anuais de Cte, havendo uma redução no volume dos Cte de 3,5 para 1,9 (x 10 3 NMP/100 ml), mostrando a influência positiva da recuperação da cobertura vegetal na área de drenagem. Nesta pesquisa não foi verificado interferência da variação sazonal no crescimento dos indicadores microbiológicos de qualidade da água, devido à preservação ecológica da zona ripária que atuou como zona tampão para a manutenção da integridade dos ecossitemas aquáticos e preservação da qualidade da água frente aos diferentes usos do solo.