27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:676-1


Poster (Painel)
676-1Assimilação de carboidratos pela levedura PE-2 e suas derivadas
Autores:Paulillo, S.C.L. (FERMENTEC - Fermentec - Tecnologias em Açúcar e Álcool Ltda) ; Souza, C.S. (FERMENTEC - Fermentec - Tecnologias em Açúcar e Álcool Ltda) ; Lopes, M.L. (FERMENTEC - Fermentec - Tecnologias em Açúcar e Álcool Ltda) ; Amorim, H.V. (FERMENTEC - Fermentec - Tecnologias em Açúcar e Álcool Ltda)

Resumo

Através do monitoramento das leveduras dos processos industriais de fermentação alcoólica, realizado pela FERMENTEC, com as técnicas de cariotipagem e DNA mitocondrial, descobrirmos que a levedura PE-2 possui várias linhagens variantes. Estas linhagens vêm se mostrando com ótimas características de fermentação, juntamente com a persistência e dominância nas dornas de fermentação. Por se tratarem de novas leveduras muitos estudos devem ser realizados para conhecermos as suas habilidades fermentativas em diferentes substratos. Portanto, avaliamos duas das leveduras mais utilizadas para a produção de etanol no Brasil(PE-2 e FT858L), bem como as selecionadas a partir da PE-2, quanto à utilização de diferentes carboidratos. Os carboidratos utilizados foram: sacarose, maltose, maltotriose, galactose, melibiose, trealose e rafinose. Incubação: 30°C/72h, com leituras a cada hora no Tecan. Leveduras: PE-2, FT858L, FTYL, FERMEL, FT1604L e FT1800L. Todas as leveduras foram capazes de se multiplicarem em sacarose com 1h de fase lag. A FT858L apresentou maior formação de biomassa em relação às demais leveduras. As leveduras PE-2 e FT858L apresentaram o mesmo perfil de assimilação da maltose, com uma fase lag de 5h, em seguida a FT1800L (variante da FT858L) com a fase lag de 15h, a FTYL com 20h e a FT1604L com 25h de fase lag, e a FERMEL não apresentou nenhum desenvolvimento em maltose. A FT858L obteve um desenvolvimento expressivo em maltotriose, já as leveduras FTYL, FERMEL e FT1604L tiveram os menores desenvolvimentos, e só após 40h de incubação. A PE-2 e FT1800L não apresentaram metabolização da maltotriose. A galactose foi assimilada por todas as leveduras avaliadas, sendo que a PE-2 e FT858L apresentaram as maiores biomassas e a FT1800L a maior fase lag. As leveduras FTYL, FERMEL, FT1604L e FT1800L utilizaram parcialmente a rafinose. Já a PE-2 e FT858L cresceram em rafinose e em melibiose, portanto estas leveduras possuem atividade de melibiase. Na metabolização da melibiose destacamos as leveduras PE-2 e FT858L, que atingiram a fase lag em 35 e 55h de incubação, respectivamente. A FERMEL apresentou pouco desenvolvimento em melibiose e as demais leveduras não cresceram neste carboidrato, pelo menos em 72h de incubação. Nenhuma levedura foi capaz de se desenvolver em trealose. Concluimos, com este trabalho que a PE-2 e suas linhagens derivadas, FT858L, FTYL, FERMEL, FT1604L e FT1800L, são capazes de utilizarem a sacarose com curta fase lag (aprox. 1h). A FT858L foi a levedura que apresentou curvas de crescimento, nos carboidratos avaliados, mais próxima da PE-2, e foi a única a metabolizar a maltotriose.