27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:673-1


Poster (Painel)
673-1DETECÇÃO DE GENES ENVOLVIDOS NA SÍNTESE DE ENTEROTOXINAS ESTAFILOCÓCICAS EM ISOLADOS DA LINHA DE PRODUÇÃO DE QUEIJO MINAS FRESCAL
Autores:Silva, G.O. (USP - Universidade de São Paulo) ; Silva, C.S.P. (USP - Universidade de São Paulo) ; Martin, J.G.P. (USP - Universidade de São Paulo) ; Fonseca, C.R. (IFTM - Instituto Federal do Triângulo Mineiro) ; Marabesi, A.C. (USP - Universidade de São Paulo) ; Baptista, C.M. (USP - Universidade de São Paulo) ; Bachin, P.L. (USP - Universidade de São Paulo) ; Porto, E. (USP - Universidade de São Paulo)

Resumo

Bactérias patogênicas como estafilococos proliferam com facilidade em leite e queijos frescos, devido a alta atividade de água e presença de nutrientes nos mesmos. Esses microorganismos são causa frequente de surtos alimentares. Embora os estafilococos sejam facilmente destruídos por tratamento térmico, eles produzem enterotoxinas termoresistentes causadoras de náusea e vômito. O presente trabalho teve por objetivo identificar cepas de Staphylococcus aureus potencialmente produtoras de enterotoxinas, isoladas da linha de produção de queijo Minas frescal. O DNA de 100 cepas isoladas, de amostras de leite cru, leite pasteurizado, coágulo, manipulador e superfície de equipamentos de laticínios do Estado de São Paulo, foi extraído utilizando o kit “AxyPrepTM Blood Genomic DNA Miniprep” (Axygen) e posteriormente submetido à reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizando-se oligonucleotídeos iniciadores específicos para a detecção de fragmentos dos genes envolvidos na síntese das toxinas (SE) do tipo A, B, C e E. Das 100 cepas avaliadas, 5% apresentaram amplificação do fragmento do gene responsável pela codificação da toxina A, 3% para toxina C, 1% para toxina A e C, e nenhuma pelas toxinas B e E. As toxinas avaliadas são as mais frequentemente encontradas em surtos alimentares, sendo a ordem decrescente de ocorrência: A, C, B e E. Entre todas as cepas analisadas foi encontrado um pequeno número de cepas potencialmente produtoras de enterotoxinas estafilocócicas. O fato de apresentarem o gene SE não significa necessariamente que houve produção de enterotoxina na amostra. Entretanto, essa identificação reforça a necessidade de adoção de práticas adequadas de higiene nos laticínios, evitando, dessa forma, a disseminação desses microrganismos e a possível produção de enterotoxinas. Agradecimentos: À FAPESP e à CAPES pelos auxílios concedidos.