27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:660-1


Poster (Painel)
660-1Estudo da interação de Cladosporium herbarum e de glicoproteínas de sua parede celular com células vegetais
Autores:Montebianco, C.B. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Mattos, B. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Romanel, E. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Franca,T. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Barreto-Bergter, E. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Vaslin, M.F.S (UFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

Cladosporium herbarum é um importante patógeno associado ao desenvolvimento de doenças respiratórias em humanos. No entanto, também é encontrado como fitopatógeno, freqüentemente associado à verrugose do maracujazeiro, (1) além de já ter sido descrito como causador de doenças nos cultivos de cebola, trigo, aveia, amendoim, batata, tabaco, uva e café (2). A amostra de C. herbarum que será utilizada para a realização deste trabalho foi cedida pelo Dr. J. Guarro da Unidade de Microbiologia, Faculdade de Medicina, Instituto de Estudos Avançados, Réus, Espanha. Esta amostra é mantida em meio Batata Dextrose (PDB) por sete dias. Neste projeto, a peptidogalactomanana (pGM) de C.herbarum foi extraída em tampão fosfato de sódio 0,05M pH 7 a 100°C, por 2 h sob refluxo, de acordo com Mattos (3). Uma suspensão da pGM na concentração de 600µg/mL foi borrifada em plantas de Nicotiana tabacum utilizando um aparelho de alta pressão, com o objetivo de avaliar se estas, após um contato prévio com a pGM, foram capazes de proteger/auxiliar nas defesas da planta contra a infecção pelo Vírus do Mosaico do Tabaco (TMV). Plantas borrifadas com a pGM, com água, com água + tampão fosfato de potássio após 24 h e pGM + tampão fosfato de potássio não apresentaram nenhum sinal, sintoma ou murcha das folhas. Já as plantas borrifadas com água e depois inoculadas com o vírus, assim como as plantas apenas infectadas com o TMV apresentaram sintomas. A vaporização das plantas com a pGM antes da inoculação do TMV, apresentaram sintomas mais brandos da doença ou não os apresentaram. Além da proteção, um aumento na floração foi também observado em plantas borrifadas com a pGM quando comparadas ao sistema controle. Estes resultados mostram um papel importante da pGM na proteção da infecção causada pelo vírus em Nicotiana tabacum, além de um possível estímulo da sua floração.