27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:658-2


Poster (Painel)
658-2CONTAMINAÇÃO FÚNGICA EM ÁGUA DE SOLUÇÃO ALTERNATIVA
Autores:ARROYO, M.G. (UNESP/IBILCE - Universidade Estadual PaulistaFAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; BRIZZOTTI, N.S. (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; PERESI, J.T.M (IAL - Instituto Adolfo Lutz) ; FAIM, W.R. (SECRETARIA DA SAÚDE - Secretaria da Saúde de São José do Rio Preto) ; REIS, E.J.C. (UNESP/IBILCE - Universidade Estadual PaulistaFAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; TOLEDO, L.G (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; TEIXEIRA, L.P. (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; SARTIM, M.G. (UNESP/IBILCE - Universidade Estadual PaulistaFAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; TOLENTINO, F.M. (IAL - Instituto Adolfo LutzUNESP/IBILCE - Universidade Estadual PaulistaFAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; SANTOS, C.C.M. (IAL - Instituto Adolfo Lutz) ; ALMEIDA, I.A.Z.C. (IAL - Instituto Adolfo Lutz) ; CASTILHO, E.M. (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; ALMEIDA, M.T.G. (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio PretoUNESP/IBILCE - Universidade Estadual Paulista)

Resumo

Uma das maiores preocupações para os consumidores de água é a qualidade da mesma relacionada aos padrões microbiológicos, pois esta é um dos principais veículos de transmissão de patógenos. A água subterrânea tem sido usada com fonte de abastecimento, sendo que seu uso e a construção de poços requerem autorização junto aos órgãos governamentais. O presente estudo tem como objetivo avaliar a distribuição de espécies fúngicas em água de Solução Alternativa Coletiva (SAC) ou Solução Alternativa Individual (SAI), com (CC) e sem cadastro(SC) junto ao Sistema de Vigilância Sanitária. No período de setembro de 2011 a junho de 2012, 159 amostras de água foram coletadas, 52 (CC) e 107(SC). Após fluxo contínuo de escoamento de água, 500 ml de água foram coletadas e encaminhadas ao Laboratório de Microbiologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto para as análises micológicas. Seguiu-se filtração em membranas de celulose de 0,45µm, com subsequente colocação em Ágar Sabouraud OXOID® e Mycobiotic ACUMEDIA®, com incubação a 30ºC por 15 dias. A identificação dos fungos ocorreu segundo características macro e micromorfológicas. Verificou-se a presença de 6 isolados leveduriformes e 47 filamentosos para poços CC e 38 leveduras e 127 filamentosos, SC. C. guilliermondii e A. pullulans corresponderam às espécies prevalentes nos CC e SC, respectivamente. A. fumigatus foi a espécie prevalente de filamentoso para ambos os poços. Para água de SAC e SAI, coletas originárias de ponto de consumo ou cavalete foram comuns, representando maior contaminação fúngica com potencial fonte de disseminação de fungos para população e risco à saúde. A ocorrência de fungos patogênicos em água de poços, frequentemente considerada inócua, traz à luz nova temática para ciência investigativa, pois seu consumo arbitrário pode implicar em doenças de veiculação hídrica. Além disso, a criação de novos documentos regulatórios deve incluir protocolos de investigação micológica, uma vez que os fungos emergem como importantes agentes infecciosos para humanos e animais.