27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:658-1


Poster (Painel)
658-1Ocorrência e prevalência sazonal de fungos na água de consumo humano
Autores:BRIZZOTTI, N.S. (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; ARROYO, M.G. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; CUNHA, K.C. (URV - Universitat Rovira i VirgiliFAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; TOLEDO, L.G. (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; REIS, E.J.C. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; GONÇALVES, M.G. (IAL - Instituto Adolfo LutzFAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; SIQUEIRA, J.P.Z. (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; GOMES, C.T. (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; CASTILHO, E.M. (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; ALMEIDA, M.T.G. (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio PretoUNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho")

Resumo

A água é um recurso essencial à vida, uma vez que todos os organismos vivos precisam dela para sobreviver. Os parâmetros de potabilidade contido em portarias, nem sempre são atingidos devido a perda de integridade dos sistemas de distribuição de água. Considerado o ecossistema aquático, os fungos se apresentam como fundamental elemento, pois participam nos processos de utilização e degradação de matéria orgânica. Entretanto, em contato com o homem e animais, possuem capacidade de invadir estes hospedeiros, estabelecer relação de parasitismo, trazendo muitos prejuízos à saúde. O objetivo do estudo foi determinar a ocorrência e prevalência sazonal de comunidades de fungos em água de abastecimento municipal de uma cidade do Estado de São Paulo, Brasil. 1980 amostras de água de rede pública de abastecimento municipal, foram coletadas nas diferentes estações do ano: primavera (614), verão (509), outono (446) e inverno (411). Após passagem em membrana filtrante, esta foi invertida em placa de petri contendo Ágar Sabouraud Dextrose. Quando positivo seguiu a identificação fúngica segundo critérios morfológicos e fisiológicos. Os índices de positividade, nas estações primavera, verão outono e inverno, corresponderam respectivamente a 30%, 25%, 44% e 31%. Fusarium spp., Penicilium spp., Aspergillus spp. e Chaetomium spp. se destacaram como espécies prevalentes entre os fungos filamentosos. Fusarium spp. ocorreu preferencialmente nas estações quentes primavera e verão, fato divergente para as espécies de Penicilium e Chaetomium, de estações frias. Já, frente aos leveduriformes, Rhodotorula spp., Candida guilliermondii e Candida parapsilosis foram grupos fúngicos mais comuns. À primeira espécie, apenas seis casos ocorreram no inverno, e 50, 41 e 86, na primavera, verão e outono, respectivamente. Frente à Candida parapsilosis e Candida guilliermondii, o outono se destaca como estação de maior isolamento. O estudo constituiu-se de uma proposta inédita no que se refere à descrição de fungos patogênicos e oportunistas em água de consumo humano, servindo de ferramenta para futuras investigações sobre controle de patógenos fúngicos de origem hídrica, considerada sua dispersão em diferentes estações. Características individuais dos fungos devem ser investigadas, no que se refere à sobrevivência em ambiente aquático, uma vez que, muitas doenças podem ser originadas desta fonte.