27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:654-2


Poster (Painel)
654-2Risco ocupacional em ambiente hospitalar e sua qualidade do ar
Autores:Pantoja, L. D. M (UFC - Universidade Federal do Ceará) ; Pereira, L. M. G (UECE - Universidade Estadual do Ceará) ; Neto Capelo, J. (UFC - Universidade Federal do Ceará) ; Nascimento, R. F. do (UFC - Universidade Federal do Ceará) ; Nunes, A. B. de A (UFC - Universidade Federal do Ceará)

Resumo

A preocupação com a qualidade de vida dos trabalhadores da área da saúde tem sido um foco constante de atenção, em especial, para os que trabalham em hospitais, devido à complexidade entre trabalhador e enfermidades. O agravamento de quadros ocupacionais se deve em parte a qualidade do ar, sendo seu diagnóstico eminentemente epidemiológico, com sintomas como irritação das mucosas, efeitos neurotóxicos e respiratórios, causando desconforto e baixa da produtividade, refletindo nos parâmetros econômicos nacionais, indicando a dimensão do problema. Nesse ínterim, o presente estudo objetivou relatar a percepção dos trabalhadores de um hospital terciário do município de Fortaleza-Ce, sobre a qualidade do ar. Para tanto, entre janeiro a abril/2013 realizou-se um estudo descritivo através de questionários contendo 20 questões de múltipla escolha, cujo conteúdo levou em consideração artigos de referência, concomitantemente, a cada participante foi aplicado o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram analisados 22 questionários, respondidos por trabalhadores de 4 setores do hospital (enfermaria de transplante, unidade de terapia intensiva e 2 recepções). A média de idade do público analisado trata-se dos 44 anos (14 mulheres/8 homens), não fumantes, carga horária de 40 h/semana, com frequente hora extra e uma média de 7 anos de trabalho em seus cargos. No tocante a qualidade ambiental dos setores: 96% e 64% consideram boas as condições de limpeza e de temperatura/umidade, respectivamente, 36% não usam equipamentos de proteção individual e 46% classificam o ar com presença de odores. Frente os sintomas, 91% apresentam relação com a Síndrome dos Edifícios Doentes - SED, como olhos secos, dor de cabeça, coriza e espirros. Sobre as queixas, 91% nunca reclamaram a administração, 64% nunca ouviram a respeito da SED e 86% já faltaram mais de 9 dias devido a problemas de saúde nos últimos meses e a grande maioria reporta perceber a influência negativa de seu trabalho em sua qualidade de vida. Face à situação encontrada, recomenda-se divulgação sobre os efeitos da qualidade do ar na saúde do trabalhador, através de palestras e/ou cartilhas, bem como, o fornecimento e supervisão no uso de equipamentos de proteção individual, estimulo a exames periódicos, melhoria da ventilação e, por fim, o monitoramento periódico para verificação da eficácia das medidas adotadas.