27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:642-2


Poster (Painel)
642-2QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE PEIXES E FRUTOS DO MAR COMERCIALIZADOS EM BOTUCATU, SP.
Autores:Caramello, L.E. (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO) ; Rossi, B.F. (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO) ; Budri, P.E. (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO) ; Dantas, S.T.A (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO) ; Bonsaglia, E.C,R. (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO) ; Rall, V.L.M. (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO)

Resumo

O pescado e seus derivados têm uma grande importância na dieta, em todo o mundo. Sabe-se que peixes e frutos do mar fortalecem o sistema imunológico, contribuem para a redução dos níveis de colesterol, diminuem as chances de depressão, ajudam na formação dos músculos e protegem contra doenças cardiovasculares. Também, são ricos em vitaminas lipossolúveis A, D e E, além do ômega 3. Muitas vezes, esses produtos são consumidos crus ou com pouco preparo e com isso faz-se necessário medidas higiênico- sanitárias, pois podem ser contaminados com micro-organismos causadores de doenças. A análise microbiológica dos alimentos para se verificar a presença de micro-organismos prejudiciais é fundamental para se conhecer as condições de higiene nas quais estes alimentos foram preparados. Assim, 40 amostras de peixes e frutos do mar de peixarias e supermercados de Botucatu, SP, foram analisadas com o objetivo de verificar se esses alimentos estão dentro dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira, através da RDC nº12, através da detecção da presença de Salmonella sp., Staphylococcus aureus e determinação do número mais provável de coliformes termotolerantes (CT), mesmo que este último não faça parte dos parâmetros para esse alimento, mas foi pesquisado para avaliação de suas condições higiênicas. Cada amostra (25 gramas) foi homogeneizada em 225ml de água peptonada e para a detecção de S. aureus, utilizou-se método spread Baird Parker, seguida de catalase, coagulase e kit Dry Spot. Para a detecção de Salmonella, utilizou-se caldo tetrationato (35ºC/24h) e Rapapport (42ºC/24h), semeados em ágar SS e XLD. As colônias foram testadas em TSI, ágar fenilalanina e testadas em poli soros somático e flagelar. Quanto aos CT, empregou-se a técnica de tubos múltiplos, inoculando diluições da amostra em caldo Lauril sulfato, na fase presuntiva e depois em caldo EC (45ºC) na fase confirmatória. De 40 amostras, 4 (10%) se apresentaram fora da legislação, sendo 3 (7,5%) pela presença de Salmonella e uma pela presença de S. aureus (1,1x10³) acima do permitido na RDC nº12 (10²). Ainda, 30 amostras (75%) apresentaram coliformes termotolerantes, sendo que 11 amostras (27,5%) acima de 10². Pela presença de patógenos importantes e de CT, evidenciam-se condições higiênico sanitárias deficientes e que pode levar a infecções e intoxicações de origem alimentar, ainda mais pelo fato de que o consumo de peixe cru é prática comum, por uma parte da população. FAPESP (nº 20013-04143-0)