27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:633-1


Poster (Painel)
633-1Seleção e avaliação da virulência de isolados de Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. submetidos a temperaturas de estresse
Autores:Constanski, K.C (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Zorzetti, J. (UEL - Universidade Estadual de LondrinaUEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Neves, P. M. O. J (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

O fungo entomopatogênico Beauveria bassiana é relatado como um promissor agente de controle de insetos. É necessário investigar a atividade patogênica e também fatores como a temperatura que pode interferir no seu desenvolvimento. O objetivo desse trabalho foi selecionar isolados de B. bassiana tolerantes a temperaturas e verificar a virulência destes antes e após a exposição às temperaturas. Realizou-se uma pré-seleção com 7 isolados que foram repicados e acondicionados em temperaturas que começaram em 25 °C em seguida, com os conídios produzidos a 25 °C foram feitas as novas repicagens, uma para ficar a 22 °C e outra para ficar a 28°C, após 7 dias, novas repicagens foram realizadas sempre variando em 3 °C (acima e abaixo), até a obtenção das máxima e mínima temperatura tolerada pelos isolados. Após a permanência de 7 dias em cada temperatura os testes foram realizados. Os isolados UEL 24, UEL 105, UEL 107, IBCB 87 e IBCB 98 obtiveram baixa germinação e a UFC foi nula nas temperaturas de 16 °C e 32 °C, diferindo dos isolados UNIOESTE 4 E UNIOESTE 40. Para os isolados com melhores resultados foram feitas 4 repicagens consecutivas nas temperaturas máxima e mínima tolerada (10 °C e 37 C°). E em seguida foram feitos os testes de germinação, UFC, crescimento vegetativo e produção de conídios. Para germinação houve diferença entre os dois isolados em todas as temperaturas. Para UFC o isolado Unioeste 4 obteve maior índice de colônias formadas quando comparado com o Unioeste 40 em todas as temperaturas. No crescimento vegetativo ambos os isolados produziram suas menores colônias a 37°. Já a produção de conídios foi superior para o Unioeste 40. Na primeira avaliação de virulência com insetos adultos de Alphitobius diaperinus foram utilizados os isolados repicados em todas as temperaturas (10 °C, 13 °C, 16 °C, 19 °C, 22 °C, 25 °C, 28 °C, 31 °C, 34 °C e 37 °C). Onde as temperaturas 28 °C a 37 °C afetaram negativamente a virulência de B. bassiana diminuindo a mortalidade dos insetos em ambos os isolados. O que contrastou com as temperaturas de 22°C a 10°C que foram responsáveis por altas taxas de mortalidades para os dois isolados. Foi observada uma recuperação na virulência dos dois isolados após um tempo maior de exposição em temperaturas de 37 °C.