27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:605-1


Poster (Painel)
605-1Avaliação de métodos de recuperação de Salmonella spp. em manga ‘Tommy Atkins’
Autores:Vilar, S.B.O. (FEA-UNICAMP - Faculdade de Engenharia de Alimentos - UNICAMP) ; Castro, M.F.P.P.M. (ITAL - Instituto de Tecnologia de Alimentos) ; Schmidt, F.L. (FEA-UNICAMP - Faculdade de Engenharia de Alimentos - UNICAMP) ; Anjos, V.D.A. (ITAL - Instituto de Tecnologia de Alimentos) ; Valentini, S.R. (ITAL - Instituto de Tecnologia de Alimentos) ; Benato, E.A. (ITAL - Instituto de Tecnologia de Alimentos) ; Sigrist, J.M.M. (ITAL - Instituto de Tecnologia de Alimentos) ; Rezende, A.C.B. (FCF/USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas - USP) ; Penteado, A.L. (EMBRAPA - EMBRAPA Agroindústria de Alimentos)

Resumo

A manga é uma fruta de grande relevância na pauta de exportações nacionais. Nos Estados Unidos seu consumo foi responsável por surtos de salmonelose e estudos relacionaram esta contaminação com frutos brasilieiros e peruanos tratados em banho hidrotérmico, uma barreira fitossanitária imposta por alguns países para eliminação de larvas de moscas das frutas. Esse trabalho objetivou estudar maneiras de recuperação de Salmonella spp. em manga ‘Tommy Atkins’. Os testes foram realizados utilizando-se um ‘pool’ de cepas de Salmonella spp. (S. Enteritidis, S. Typhimurium e S. Brazil). Vinte mangas (cinco/tratamento) foram inoculadas com 100µL do ‘pool’ deste microrganismo na superfície desta fruta em uma área previamente marcada de 5cm2. Após inoculação, os frutos foram secos em câmara de fluxo laminar por duas horas e, em seguida, as mangas foram armazenadas durante 16 horas à 7°C. Comparou-se o método de esfregaço da superfície por Swab com o método que utiliza o fragmento do fruto macerado; e também o método convencional de Semeadura em Superfície com o método da Camada Fina de Ágar (CFA), sendo que no primeiro a semeadura ocorreu no meio MLCB (Mannitol Lysine Crystal Violet Brilliant Green Agar) marca Oxoid, e no segundo a semeadura foi realizada no meio TSA ( trypticase soy agar ), também da marca Oxoid, após 2 horas de incubação a 37ºC, espalhou-se o meio MLCB. As contagens de Salmonella ocorreram após a diluição seriada e os dados analisados estatisticamente utilizando o software SAS. No primeiro teste a contaminação inicial foi 7,92 logarítimos ((UFC mL-1) e os resultados demonstraram diferença estatisticamente significativa a 95% de confiança com menor recuperação pelo método por Swab (4,92±0,13 ciclos) em comparação com o método que utiliza o fragmento do fruto (5,42±0,17 ciclos). Para o segundo teste, o inóculo inicial foi de 7,24 logarítimos ((UFC mL-1) e a comparação entre os métodos de Semeadura em Superfície e Camada Fina de Ágar (utilizando-se o método do fragmento do fruto) revelou uma maior recuperação com a última técnica (6,28±0,21 ciclos) em comparação com o método de semeadura (5,79±0,26 ciclos). Esses dados indicam que as células de Salmonella estavam injuriadas e que a presença de um meio de cultura não seletivo auxiliou no seu revigoramento.