27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:597-2


Poster (Painel)
597-2Otimização da expressão heteróloga tioredoxina redutase de Paracoccidioides lutzii para aplicação no sorodiagnóstico da Paracoccidioidomicose.
Autores:Capoci, I.R.G. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Godoy, J.S.R. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Mesquita, C.S. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Cotica, E.S.K. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Felipe, M.S.S. (UNB - Universidade de Brasília) ; Svidzinski, T.I.E. (UEM - Universidade Estadual de Maringá)

Resumo

Introdução: A paracoccidioidomicose (PCM) é micose sistêmica de caráter granulomatoso causada por fungos do gênero Paracoccidioides spp. O padrão ouro do diagnóstico desta micose é a observação direta das leveduras multibrotantes ou o isolamento dos fungos de materiais biológicos. No entanto, na maioria dos casos, não é possível isolar o fungo, por isso a importância dos testes sorológicos, não apenas para o diagnóstico mas também no monitoramento do tratamento. A qualidade dos ensaios sorológicos, bem como a reprodutibilidade da metodologia, dependem de como foi obtido este antígeno. Neste raciocínio, o uso de proteínas recombinantes com antígenos tem contribuído na melhoria da qualidade do sorodiagnóstico. A tioredoxina redutase (TRR1) tem sido apontada como um antígeno importante no sorodiagnóstico da histoplasmose, com alta especificidade. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo propor uma nova aplicação para proteína recombinante TRR1 de Paracoccidioides lutzii como antígeno alternativo para o sorodiagnóstico da PCM. Materiais e Métodos: A sequência foi otimizada utilizando os códons preferenciais de Escherichia coli e o gene foi clonado em plasmídeo pET21a. Para expressão de TRR1 foi utilizada a cepa de E. coli BL21(λDE3), em meio LB utilizando dois protocolos: 1) 37ºC, 6 hs e 0,5mM de IPTG e 2) 20ºC, 16 hs e 0,5mM de IPTG. A purificação da proteína recombinante foi realizada por cromatografia de afinidade e os resultados avaliados por SDS-PAGE (12%). Discussão dos Resultados: A primeira etapa do trabalho foi a padronização da expressão da proteína recombinante. Na indução a 37ºC, a proteína recombinante foi detectada na fração insolúvel do lisado bacteriano, possivelmente no interior de corpos de inclusão. No entanto, quantidades consideráveis da TRR1 na fração solúvel do lisado foram obtidas utilizando o segundo protocolo de indução (20ºC). O antígeno purificado permitiu a realização de ensaio preliminares que apontaram a presença de anticorpos contra TRR1 no soro de pacientes com PCM. Conclusão: Desta forma, a temperatura de 20°C foi a mais adequada para obtenção da proteína recombinante TRR1 de P. lutzii na sua forma nativa. Uma vez otimizada a obtenção do antígeno purificado, as etapas de padronização da TRR1 recombinante com antígeno, para sorodiagnóstico da PCM, estão sendo realizadas com resultados promissores.