27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:597-1


Poster (Painel)
597-1Extrato de própolis como possível inibidor de biofilme de Candida albicans isoladas de pacientes com CVV
Autores:Capoci, I.R.G. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Arita, G.S. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Bonfim, P.S. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Fiorini, A. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Grassi, M.F.N.N. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Svidzinski, T.I.E. (UEM - Universidade Estadual de Maringá)

Resumo

Introdução: Os extratos naturais têm sido foco para os novos estudos atuando sobre diferentes fatores relacionados aos micro-organismos. Apesar da comprovada ação antifúngica e farmacêutica apresentada pelo extrato de Própolis, a atividade sobre a formação de biofilme permanece desconhecida. O biofilme pode ser definido como um conjunto de micro-organismos firmemente aderidos a uma superfície, envoltos por uma matriz extracelular composta por polissacarídeos, proteínas e ácidos nucleicos. Na candidíase vulvovaginal (CVV) a avaliação da capacidade de formação de biofilme é importante devido à possibilidade da ocorrência em dispositivos intra-uterinos (DIU) entre outros. Neste ambiente as leveduras têm maior resistência à terapia antifúngica prejudicando o esquema terapêutico. Este trabalho objetivou a avaliação da formação de biofilme formado por leveduras Candida albicans, isoladas de pacientes com CVV, durante exposição ao extrato de Própolis. Materiais e Métodos: Foram testadas 29 amostras de C. albicans, isoladas de pacientes com candidíase vulvovaginal pertencentes a Micoteca do Laboratório de Micologia Médica da Universidade Estadual de Maringá, incluindo uma cepa padrão ATCC90028 de C. albicans. O biofilme foi formado sobre placas de poliestireno e meio RPMI 1640 com concentração sub-mic do extrato de Própolis (30%), revelado através da coloração por cristal violeta. Ensaio controle foi realizado empregando apenas RPMI (controle negativo) e RPMI com leveduras (controle positivo). Para avaliação do biofilme, realizou-se a quantificação por unidade formadoras de colônia (UFC) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os ensaios foram realizados em triplicata em experimentos independentes. Discussão dos Resultados: Todos isolados clínicos tiveram potencial de formação de biofilme, porém, mostraram variabilidade entre eles. Após a exposição ao extrato de Própolis 93% (27/29) das amostras apresentaram uma redução no biofilme quando comparado com o controle positivo. Esse resultado foi confirmado pelo ensaio de UFC, onde houve diminuição do número de células, confirmado pela MEV. Conclusão: De acordo com os resultados apresentados, concluímos que o extrato de Própolis possui uma possível ação anti-biofilme de C. albicans, o que pode ser promissor no tratamento da CVV. Agradecimentos: Fundação Araucária