27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:594-2


Poster (Painel)
594-2Prevalência de Enterococcus faecium em águas de fontes alternativas da Região Metropolitana de Curitiba
Autores:YAMANAKA, E.H.U. (UFPR - Universidade Federal do ParanáLABORCLIN - Laborclin – Produtos para Laboratórios Ltda) ; DAUR, A.V. (UNIANDRADE - Centro Universitário Campos de Andrade) ; MONTEIRO, C.L.B. (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; BEUX, M.R. (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; COGO, L.L. (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; ABRAHÃO, W.M. (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; MIRANDA, K.N. (UFPR - Universidade Federal do ParanáUNIANDRADE - Centro Universitário Campos de Andrade) ; DALZOTO, P. (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; BARBIERI, F.N. (LABORCLIN - Laborclin – Produtos para Laboratórios Ltda) ; SILVA-FILHO, O.M. (LABORCLIN - Laborclin – Produtos para Laboratórios Ltda) ; PIMENTEL, I.C. (UFPR - Universidade Federal do Paraná)

Resumo

Enterococcus spp. fazem parte da flora intestinal normal e são considerados indicadores de contaminação fecal em água e alimentos. Um dos parâmetros microbiológicos preconizados pelo Ministério da Saúde, através da RDC nº 275/2005, para água mineral natural e água natural, é a pesquisa de Enterococcus spp em 100 mL de amostra. A maioria de Enterococcus faecium isolados tem se apresentado resistentes aos três antibióticos anti-enterocócicos mais tradicionalmente úteis que são a ampicilina, vancomicina e aminoglicosídeos de alta resistência, tornando importante a diferenciação entre as espécies isoladas. Foram avaliadas 39 amostras de água de fontes alternativas utilizadas pela população da Região Metropolitana de Curitiba. As análises para quantificação de Enterococcus spp. foram realizadas de acordo com a técnica da membrana filtrante, utilizando-se meio de cultura clássico, o ágar m-enterococcus, e o meio de cultura cromogênico m-EI. Os isolados de Enterococcus spp. foram identificados fenotipicamente através do teste de catalase, teste de crescimento em ágar bile esculina, prova do crescimento a 45ºC, crescimento em presença de 6,5% de cloreto de sódio, teste de PYR e, fermentação dos carboidratos ramnose, adonitol, arabinose, sorbitol, sacarose e manitol, disponíveis no sistema Bac tray 2, Laborclin, Brasil. No ágar m-enterococcus formaram colônias vermelhas em 24 amostras (61,5%) e no ágar m-EI formaram colônias azuis em 22 (56,4%), caracterizando a incidência de Enterococcus spp. em 27 amostras (69,2%) na etapa de isolamento primário. Foram identificados 29 (78%) E. faecalis, 5 (14%) E. faecium e 3 (8%) E. casseliflavus, confirmando a presença de Enterococcus spp. em 22 amostras (56,4%). Houve a prevalência de E. faecium em 4 (10,2%) amostras. Não tem um método que atenda universalmente todos os requisitos para o isolamento do Enterococcus spp. De acordo com a natureza e nível da microflora acompanhante, certos substratos e modificações devem ser utilizados, levando a diversas vantagens e desvantagens. A identificação fenotípica revelou-se importante concluindo-se que águas provenientes de fontes alternativas em áreas urbanas como fontes em parques e bosques, minas e poços, utilizadas sem tratamento, veiculam E. faecium trazendo potencial risco patogênico à população.